Brasil

Operação da PF apreende R$ 100 mil e diamantes escondidos em geladeira

Operação Estatueta também cumpriu dez mandados de prisão temporária

Fernanda Strickland*
postado em 23/06/2020 18:39
Policiais federaisA Polícia Federal apreendeu, nesta terça-feira (23/6), cerca de R$ 100 mil em espécie e dois diamantes durante o cumprimento de mandados da Operação Estatueta, que apura um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Parte dos bens estava escondida em uma geladeira e em um freezer.
 
Foram cumpridos na operação dez mandados de prisão temporária e onze mandados de busca e apreensão. Além disso, três veículos foram apreendidos, contas bancárias de nove pessoas físicas e jurídicas foram bloqueadas, seis imóveis em Pernambuco foram sequestrados e nove pessoas físicas e jurídicas tiveram o sigilo fiscal quebrados. Todas as medidas cautelares foram expedidas pela 13ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco.

De acordo com a PF, cerca de 60 policiais federais cumpriram as ordens judiciais simultaneamente em Recife (PE), Rio Branco (AC), Fortaleza (CE) e São Bernardo do Campo (SP). “As investigações foram iniciadas em 2018, quando integrantes da referida organização criminosa se reuniram com o objetivo de planejar ações ilícitas”, explicou a corporação em nota. O grupo, segundo a polícia, promovia o tráfico de cocaína na fronteira Brasil/Bolívia, remetendo para a Europa, mais precisamente, para a Alemanha, escondendo a droga dentro de estatuetas, daí o nome da operação.

O grupo lavava o dinheiro do tráfico adquirindo imóveis na região metropolitana de Recife. Os líderes da organização residem na Região Metropolitana da capital pernambucana, um deles, de nacionalidade alemã, reside com sua esposa brasileira. Outro é ex-policial, que já foi preso anteriormente por tráfico de drogas.

Os integrantes da quadrilha são investigados pela prática dos crimes de associação e tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e constituir/integrar Organização Criminosa, da lei 11.343/06 e da lei 12.850/2013. As penas, somadas, em caso de condenação, podem chegar a 65 anos de reclusão. Levando em conta apenas os valores declarados no registro dos imóveis, os bens apreendidos ultrapassam a quantia de R$5 milhões.

*Estágiaria sob supervisão de Fernando Jordão

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