Brasil

Polícia Civil afasta delegado de reconstituição do crime no caso João Pedro

Apesar de ter sido afastado da reconstituição do crime, Allan Duarte continua à frente da investigação que apura as circunstâncias da morte de João Pedro Mattos

Correio Braziliense
postado em 24/06/2020 11:54
João Pedro foi alvejado dentro de casa durante uma operação policial em São Gonçalo (RJ)O delegado Allan Duarte, que investiga a morte do menino João Pedro Mattos Pinto, foi afastado do reconstituição simulada do crime. O adolescente de 14 anos foi morto durante uma operação policial no dia 18 de maio em São Gonçalo, região Metropolitana do Rio de Janeiro. 

A determinação partiu do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP) da Polícia Civil, responsável pelo inquérito. Quem conduz a reconstituição do crime no lugar de Allan Duarte é o delegado Leonardo Afonso dos Santos, assistente da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). 

Segundo a Polícia Civil, apesar de ter sido afastado da reconstituição do crime, Duarte continua à frente da investigação. A reprodução simulada da operação que matou João Pedro ainda não teve a data divulgada. 

Saiba Mais

A substituição na condução dessa etapa da investigação foi feita por que Duarte esteve na casa onde o jovem foi baleado momentos após o incidente. Ele estava participando de uma apuração próxima a ao Complexo do Salgueiro, onde João Pedro foi atingido e, ao saber do caso, teria se deslocado para o local. 

O Ministério Público Federal abriu um inquérito para apurar a participação da Polícia Federal na morte do adolescente. Em depoimento, Sérgio Sahione, ex-titular da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, disse que Duarte foi o responsável por acionar o helicóptero que levou o corpo de João Pedro de São Gonçalo para a zona sul do Rio. 


Caso João Pedro


João Pedro foi atingido por um tiro de fuzil 556 dentro da casa de um tio, no dia 18 de maio, onde estava brincando. O interior da residência ficou marcado com dezenas de disparos. O adolescente foi levado no helicóptero da própria polícia para o heliponto da Lagoa, na zona sul do Rio, onde a morte foi constatada. A família só soube do paradeiro do corpo no dia seguinte, quando ele já estava no Instituto Médico Legal de São Gonçalo.

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