Até dia 20 de junho, o grupo estimava que seriam contabilizadas mais 7.090 mortes. O maior acumulado até então era de 7.096 fatalidades, na semana epidemiológica 23. No entanto, o total de mortes da semana 25 bateu o recorde e superou as previsões, com 7.256 óbitos.
Até então, o estudo não indicava que o acumulado iria continuar subindo, mas, com o aumento de mortes, as taxas de contágio também cresceram. Isso porque, para fazer o cálculo da Rt, o grupo leva em conta o número de óbitos, dado considerado mais próximo do real cenário.
Em nova análise do Imperial College, os pesquisadores inferiram que, atualmente, cada grupo de 100 pessoas infectadas com o vírus transmite a doença para outras 106, ou seja, a taxa de contágio brasileira está em 1,06. Isso representa um aumento, ainda que sutil, de uma pessoa a mais sendo infectada na comparação dos números da semana passada, quando a Rt era de 1,05.
Taxas acima de 1 indicam que a transmissão ainda está fora de controle. Por isso, o Brasil está há nove semanas no rol de países cuja epidemia não consegue ser barrada. Por três semanas consecutivas, o Brasil chegou a registrar quedas na transmissão e passou do país com maior percentual de descontrole (dentro do grupo de 53 países com transmissão ativa do vírus) para a metade do ranking. Em abril, o Rt nacional chegou a 2,8, ou seja, quando um doente passava a infectar quase outras três pessoas.
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Apesar de continuar na frente, as taxas da Argentina baixaram de 1,29 para 1,20. Bolívia e o Peru, que na semana passada registravam Rt de 1,36 estão com 1,07 e 1,02, respectivamente. Já o Chile baixou de 1,12 para 1,08.