Brasil

Ministério da Saúde amplia critérios para confirmação de covid-19

Além de acrescentar critérios enquadrar uma confirmação de positivo para o vírus, a pasta ainda anunciou que irá testar 22% da população

Correio Braziliense
postado em 24/06/2020 21:22
Além de acrescentar critérios enquadrar uma confirmação de positivo para o vírus, a pasta ainda anunciou que irá testar 22% da populaçãoO Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (24/6) a ampliação dos critérios para confirmação de casos do novo coronavírus no Brasil. Agora será possível confirmar o positivo para o vírus por meio dos critérios clínico-imagem, clínico e laboratorial em indivíduos assintomáticos. Além disso, houve mudanças no critério clínico epidemiológico. O objetivo na nova etapa de reforço do diagnóstico é conseguir testar 22% da população. 

Os casos da covid-19 agora podem ser confirmados pelo critério clínico-imagem. Nele, o médico poderá diagnosticar casos de pacientes com síndrome gripal (SG) ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que não foram confirmados ou descartados por testes, mas apresentaram alterações tomográficas. Os profissionais de saúde também poderão assegurar um diagnóstico por critério clínico, que confirma casos de pacientes com SG e SRAG associados com a perda do olfato ou gustativo. 

Anteriormente, os casos só podiam ser confirmados pelo critério laboratorial e pelos testes de biologia molecular (RT-PCR) ou imunológico (teste rápido), além do critério clínico epidemiológico, quando pacientes com síndrome gripal (SG) ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tivesse histórico de contato próximo ou domiciliar, nos últimos 7 dias antes do aparecimento dos sintomas, com caso confirmado laboratorialmente. 

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De acordo com as novas orientações da pasta, para um caso ser confirmado por meio do critério clínico epidemiológico, o paciente com SG ou com SRAG tem que ter tido contato com uma pessoas infectada nos últimos 14 dias antes do aparecimento dos sintomas.   

Ampliação e logística

Ainda com o objetivo de diminuir a subnotificação de casos no país e se aproximar a uma real taxa de letalidade do vírus, o Ministério da Saúde quer aplicar, nesta fase, 46,5 milhões de testes. Em 12% da população, a estratégia é aplicar o teste RT-PCR. Neste caso, o intuito é conseguir fazer a checagem em municípios menores. 


"A estratégia desse programa se baseia no comportamento epidemiológico que hoje nós vemos no Brasil. Nós temos um quantitativo enorme de municípios do nosso país onde a incidência da doença, o número de casos da doença, ainda se mostra muito pequenos e que, portanto, abre uma janela de oportunidade muito grande para fazermos a testar agem da população brasileira que mora nos municípios do interior", explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia. 

Outro programa envolvendo massificação das testagens ocorrerá simultaneamente, mas tendo como foco a realização do exame sorológico, o conhecido teste rápido. Neste nicho será testada mais 10% da população. 

A ampliação necessária sofreu dificuldades ao longo do período de enfrentamento da pandemia. Entre os principais fatores citados pela pasta estão a falta de insumos para se fazer a testagem, além da incapacidade tecnológica dos laboratórios em fazer a testagem molecular. No entanto, segundo os técnicos da Saúde, atualmente esse problema foi resolvido. 

Além de sanar esses gargalos, a pasta precisou repensar a logística. Assim como antes, a amostra sairá da unidade de saúde será transportada para o laboratório central. A novidade é que, quando os Lacens não conseguirem suportar a demanda, as amostras excedentes serão encaminhadas para as chamadas plataformas centrais.  "São parceiros com grande quantitativo de máquinas, capacidade de testagem muito grande. Temos um complexo da Fiocruz do Rio de Janeiro, Paraná e muito breve no Ceará e um complexo na cidade de São Paulo. Dessa forma a gente vai conseguindo ter um aumento da testagem no nosso país", garantiu Correia. 

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