Brasil

Conheça histórias de alguns dos 715 mil recuperados da covid-19 no Brasil

Número supera o de casos em acompanhamento, de acordo com o Ministério da Saúde

Correio Braziliense
postado em 28/06/2020 12:04
Reginalda precisou de auxílio de respirador durante 15 dias, mas agora já está em casa se recuperandoPrimeiro ato de todo ser humano, respirar revela que o bebê deixou o cordão umbilical e passou a buscar o oxigênio por conta própria. Não é sem razão que quem se recuperou da COVID-19 descreve sensação semelhante ao deixar o hospital. Voltar a respirar com os próprios pulmões, sem a ajuda de ventiladores, é renascer, como muitos relatam.

Com números crescentes de mortes pela COVID-19 no Brasil, perde-se de vista que milhares de brasileiros se curaram, embora possam ter passado por momentos difíceis, como a intubação nas unidades de terapia intensiva (UTI) dos hospitais.

O Estado de Minas conversou com sete pessoas que passaram pelo drama da contaminação pelo coronavírus e se recuperaram e conta agora as histórias de Beatriz Caetano Prates Melo, de 23 anos, Adriana Cordeiro dos Santos Lima, de 48, Marcelo Roberto Sabino, de 26, Ana Paula Zarzur Costa, de 47, Lígia de Araújo Martins, Danilo Emerich Garcia, de 34, e Reginalda da Silva Matozinhos, de 51.

A reportagem mostra que o voltar para a casa é marcado por muito acolhimento, mas, em alguns casos, também preconceito. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 715.905 pessoas se recuperaram até a publicação deste texto - o número supera o de casos em acompanhamento (540.692, segundo a pasta).

Como o esperado nascimento de um bebê, o dia da alta de quem lutou pela vida, principalmente se ficou muitos dias na UTI,  tem direito a festa. Balões, músicas e até bolo para comemorar a retomada. No bolo que a cabeleireira Stefania Cristina da Silva Moura, de 30, levou para a mãe, a doméstica Reginalda, a Régis, era bem representativa a imagem de uma árvore com frutos em forma de palavras: vitória, amor, fé recomeço e esperança
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“O sentimento é de alegria e felicidade. Do jeito que vi o pessoal na UTI, achei que eu não ia sobreviver. É muito ruim”, diz Regis. A alta foi em 16 junho, depois de ficar 24 dias internada no hospital Eduardo de Menezes, unidade em Belo Horizonte referência em atendimento a casos de alta complexidade.  A filha, o marido, o neto e a patroa a aguardavam na saída.

Retomar a vida exige reaprender gestos simples.  “Minha mãe está bem frágil ainda. Nos primeiros dias, estava bem fraca. A voz quase não estava saindo. Tinha que tomar banho no banquinho. A voz está voltando e ela já tomando banho sozinha”, relata a filha, que acompanha toda a recuperação da mãe, que perdeu bastante peso. “Pelo físico dela, deu para ver que perdeu bastante”, diz.

Mas, nos primeiros dias, toda a família teve que lidar com o preconceito de parte da vizinhança. Ela, o pai, Aílton, e o filho de 4 anos ficaram em isolamento desde quando a mãe foi diagnosticada e não se contaminaram. Mesmo assim, sentiram que algumas pessoas olhavam para eles com estigma. “Quando o povo descobriu que minha mãe estava internada, sofremos muita retaliação. As pessoas não querem assistir ao jornal, porque só fala do vírus, então não sabem como pega”, conta.

Stefania lembra que, no período de isolamento total da família, contou com a solidariedade de muitos vizinhos, que vinham até o portão da casa para saber do que eles precisavam.  “Mas graças a Deus é muito mais gente positiva do que negativa”, diz em relação ao apoio recebido.

A literatura científica aponta que a transmissão do vírus ocorre no prazo de 14 dias e, mesmo depois desse prazo e em quadros de agravamento dos pacientes, é improvável o contágio. Isso significa dizer que, guardado o prazo de duas semanas, os suspeitos e pessoas confirmadas com doença e os recuperados podem voltar ao convívio social sem que isso represente riscos para a comunidade. “Os pacientes recuperados podem voltar ao convívio normal e a vida segue sem maiores restrições”, afirma o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano.

A infectologista Tatiani Fereguetti, gerente assistencial do Hospital Eduardo de Menezes, esclarece que, quando o paciente de COVID-19 ganha alta ele recebe instruções sobre o  isolamento domiciliar, ser for necessário fazer. O paciente que recebe alta fora do período de transmissão pode ficar convalescente por alguns dias e quanto maior o tempo de internação, maior o tempo necessário para se recuperar. A médica lembra, no entanto, que o preconceito, muitas vezes, leva ao estigma dos pacientes, mesmo recuperados.  “Muita desinformação e informações equivocadas fomentam comportamentos preconceituosos. Com a COVID-19 não é muito diferente. É uma doença muito desconhecida das pessoas. As informações equivocadas contribuem para rechaçar aquele que é positivo sem fundamento”, afirma.
Dúvidas
Há uma discussão sobre por quanto tempo a pessoa que já se infectou por uma vez com o coronavírus permanecerá imune. A possibilidade de recontaminação ainda não está completamente esclarecida pelos trabalhos científicos.  “O paciente pode ter o contato normal à medida que tiver mais de 14 dias desde o início dos sintomas. Em geral, pacientes que estão com exames normais, sem quadro clínico nenhum, ou seja, estão assintomáticas, podem voltar ao contato da família normalmente. Não transmitem mais. Isso ocorre entre as pessoas entre o 10º e o 14º dias desde o início dos sintomas”, afirma o infectologista Carlos Starling.

Mas mesmo quem se recuperou da COVID-19 precisa manter as medidas preventivas, lavar as mãos, evitar sair sem necessidade. “Nós ainda não sabemos se os anticorpos produzidos conferem imunidade total às pessoas e nem por quanto tempo. É importante manter os cuidados”, diz. Em casos em que o vírus desencadeia quadros neurológicos, os pacientes podem ficar com sequelas. Em alguns casos, também há comprometimento pulmonar (lesão e fibrose). “Ainda não temos certeza absoluta se há imunidade consistente que impeça a pessoa de se reinfectar e, caso haja, o que é mais provável, quanto tempo essa imunidade dura”, afirma Estevão Urbano.


A importância do atendimento humanizado

O tratamento dos casos mais graves da COVID-19 requer práticas avançadas de terapia intensiva, mas a doença demonstra o quanto a alta medicina está associada ao cuidado e ao vínculo afetivo do paciente. Quem se recupera da doença não se cansa de agradecer os gestos de carinho de profissionais de saúde. A pandemia revela a anatomia emocional dos pacientes.

A infectologista Tatiani Fereguetti tem experiência no enfrentamento de epidemias. Atuando como médica há 10 anos no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, lidou com a epidemia da AIDS desde o início, ebola, dengue e a febre amarela. À frente do tratamento, o hospital tem recorde mundial em números de pacientes com febre amarela atendidos em um serviço de saúde. Com a COVID-19 não é diferente. Ela coordena o hospital, referência no estado no atendimento à doença.

Os profissionais de saúde precisam manter o equilíbrio emocional para tratar de pacientes graves. “O que muda é que a doença tem caráter de transmissão comunitária. É risco, tanto no ambiente assistencial como fora do hospital também tem risco o tempo todo. Isso traz um estresse muito grande para o profissional, que tem que se deslocar e vir para o trabalho”, diz Tatiani. Paramentados com os equipamentos de proteção individual (EPIs), os médicos fazem companhia aos doentes. Mesmo com volume grande de pacientes e o estresse, o atendimento precisa ser humanizado.

Devido ao risco de contágio, a família não pode fazer a visita presencial aos pacientes. Então, entra em cena a tecnologia com as visitas virtuais. “O paciente que está consciente se sente motivado com o contato com pessoas de proximidade e que têm relação afetiva. Com a pessoa grave e inconsciente, a família pode ter uma noção melhor e vivenciar todas as fases, visualizar melhor a recuperação”, afirma ela, lembrando que a maior parte dos pacientes se recupera.

Stefania é grata ao atendimento humanizado dado à mãe, Reginalda da Silva Matozinhos. “Quando cheguei ao Eduardo de Menezes, a médica me tranquilizou e uma psicóloga conversou comigo. Fiquei mais calma. Saber que ligavam para dar notícia todo dia, tranquilizava a gente”, lembra. Reginalda ficou intubada por 15 dias e quando não precisou mais de ventilação mecânica para ajudar a respirar, ela pôde falar com a família em uma chamada de vídeo.
 

Reginalda da Silva Matozinhos, 51 anos, doméstica
“Nasci de novo. Estou muito feliz. Achei que ia morrer”

Depois de ficar 18 dias de férias, Reginalda retornou ao trabalho como doméstica. Para que não ficasse exposta ao contágio no transporte público, a empregadora pagou aplicativo para que ela pudesse ir e voltar do trabalho. No entanto, foi nesse trajeto, de casa para o trabalho, que Reginalda se contaminou. Com os primeiros sintomas, a filha a levou a uma UPA, onde recebeu um primeiro diagnóstico de sinusite. Em 23 de maio, ela ficou completamente sem ar e a filha, desconfiando de que o diagnóstico de sinusite estava errado, resolveu levá-la ao Hospital Odilon Behrens. Lá mesmo, recebeu oxigênio para conseguir respirar e foi levada para o Hospital Eduardo de Menezes. Com o avanço da doença, ela precisou ser intubada e teve que contar com a ajuda de respiradores por 15 dias. Nesse meio tempo, a família acompanhou o tratamento, podendo falar com a equipe do hospital por telefone. Logo que deixou de depender do ventilador, Reginalda pôde falar com a família por videoconferência. No dia em que saiu do hospital, foi recebida pela filha, o marido, o neto e a patroa. Foi uma verdadeira festa, com direito a cartazes e bolo. De volta pra casa, na Bairro Cabana, ela retoma aos poucos à vida normal. “Nasci de novo. Estou muito feliz. Achei que ia morrer”, disse. Com ajuda da filha, passa pelo período de convalescência.

Beatriz Caetano Prates Melo, 23 anos, jornalista
“O coronavírus é uma doença que faz com que você perceba muito os seus privilégios”

Três gerações que venceram a COVID-19. A jornalista Beatriz Caetano Prates Melo, de 23 anos, sua mãe, Enirtes Caetano Prates Melo, de 54, e a avó Zilda Caetano Prates, de 85, tiveram a doença logo no começo da pandemia. Foi no início de abril que a família passou por um processo complicado – além da dificuldade física, emocional. A primeira a expressar os sintomas foi a mãe de Bia, com o primeiro teste positivo para coronavírus. Na casa das três mulheres, a medida imediata foi tirar a avó de lá. Logo depois, Beatriz começou com os sintomas. Na segunda semana do primeiro diagnóstico da família, mesmo já na casa de outra neta, a avó também testou positivo e foi internada, mas com os sinais mais brandos entre as três.

Com isso, as responsabilidades triplicaram para a mais nova. “Fiquei com sensação de responsabilidade muito grande. Emocionalmente, é muito desgastante”, conta. A volta à rotina teve que ser no home office, e, mesmo assim, foi um alívio. “Eu voltei a trabalhar e foi ótimo pra mim, porque eu estava num cansaço da doença, de só falar sobre isso. E o medo de ter o quadro agravado, de morrer”, lembra Beatriz.

Apesar da sensação de segurança, a jovem teme pela avó pertencer ao grupo de risco. “Óbvio, eu tenho muito medo de que a minha avó pegue coronavírus de novo, principalmente ela, por ser idosa”, disse Beatriz. Ela resgata também a pitada de medo do preconceito das pessoas. “É complicado porque tivemos a doença no fim de março e início de abril. Era muito novo, ninguém sabia exatamente o que tava acontecendo. Todo mundo recebeu a gente com muito afeto e muito carinho. Mas eu temia, sim, um pouquinho de que as pessoas fossem ficar ‘ai meu Deus, a Bia tá com coronavírus’.”
O poder abraçar a avó e compartilhar um sorriso com a mãe dois meses após a separação da nova doença fez com que a jovem avaliasse seus valores. “Fica uma gratidão pelos acessos que a gente tem, pela casa, pela estrutura, plano de saúde, pelas coisas básicas. O coronavírus é uma doença que faz com que você perceba muito os seus privilégios”, destaca Beatriz, que pensa em contribuir com instituições que ajudam a minimizar os impactos da crise. “Existe um coletivo que importa mais. A gente tem um governo que não se importa com o número de pessoas infectadas e que não as ampara. A gente precisa arrumar uma maneira de amparar o próximo.”

Marcelo Roberto Sabino, 26 anos
“A gente só acredita quando acontece com a gente”

Sem saber onde, como ou quando foi infectado, Marcelo Roberto Sabino, de 26 anos, começou a passar mal no dia 7, testou positivo e passou por três unidades hospitalares: UPA Oeste, Júlia Kubitschek e Eduardo de Menezes. Após dias de luta e recuperação, no dia 21 a boa notícia: o diagnóstico de curado. “Foi foi uma alegria voltar pra casa por ter ficado tanto tempo longe dos meus pais”, conta o rapaz, que ainda não retomou a rotina, mas já se sente “superbem”.
Marcelo disse que não vive o preconceito pela COVID-19. “Rolaram algumas piadinhas, não era de ofensa, mas umas piadinhas sem graça, tipo: 'Ah lá! pegou corona', 'está contaminado', 'vai ficar isolado'... Mas também tive vários apoios incríveis”, lembra. Após superar a doença, a lição que Marcelo aprendeu foi cuidar da saúde. “A gente só acredita quando acontece com a gente. Eu tinha até brincado que não iria pegar, mas acabei pegando, e não foi nada fácil pra mim.” O rapaz defende que as pessoas usem máscara e fiquem em casa: “Vocês e seus familiares, se cuidem”, pede.

Ana Paula Zarzur Costa, 47 anos, professora e coordenadora pedagógica
“A vida é um sopro”

Ansiedade, expectativa, medo, insegurança. Esses sentimentos eram constantes para Ana Paula Zarzur Costa, de 47 anos, enquanto estava com a COVID-19. A professora e coordenadora pedagógica recebeu o teste positivo como “uma grande surpresa”, pois ela se protegia tomando os devidos cuidados. Tratada em casa com ajuda de remédios, a volta à vida "quase normal" continua do mesmo jeito: com cuidado, precaução, receio, muito isolamento. “Como ainda é tudo muito novo, não temos a garantia de que quem já teve COVID ficará imune”, disse.

As lições que a COVID deixou para Ana Paula são respiro para quem está passando pelo momento da doença. “Temos que redobrar os cuidados, valorizar o dia a dia. A vida é um sopro. O vírus existe sim e está mais perto do que imaginamos. Mas não é esse ‘monstro’ que a mídia prega. Você pode pegar e sobreviver”, disse ela, reafirmando o respeito ao isolamento social. “Amigas sempre frisavam: ‘Você está em casa, né? Não vai sair não, né?', receosas de que eu resolvesse ir até elas”, conta a professora, em tom de risada. “Jamais faria isso”, finaliza.

Adriana Cordeiro dos Santos Lima, 48 anos, professora
“As incertezas são constantes, a insegurança existe”

Recuperada, mas ainda sem o olfato funcionando completamente, Adriana Cordeiro dos Santos Lima, de 48 anos, comemora e faz apelo por prudência. “Mesmo com todos os cuidados em casa e saindo só em caso de necessidade, adquiri esse vírus invisível. Então, fique em casa, pois o que passei não desejo a ninguém.” Com apego à fé e oração na esperança de não agravar o quadro, a professora sofreu com indisposição, tosse, dores no corpo, ardência nos olhos, falta de olfato e paladar. “Sabendo que muitos acabam sendo hospitalizados, fiquei extremamente ansiosa e preocupada”, lembra.

O seu “novo normal” foi apenas depois de 19 dias, com a retomada das atividades em casa. Hoje, Adriana ainda não se sente protegida e acredita que ao tocar em uma superfície pode transmitir o vírus a outra pessoa que ainda não foi infectada. “Não sei se estou imune; caso esteja, não sabemos por quanto tempo. As incertezas são constantes, a insegurança existe.”


Lígia de Araújo Martins, Enfermeira
“A pessoa sabe que você pegou a doença e procura ficar longe de você”

Uma enfermeira contaminada pelo coronavírus e pelo medo. “Creio que posso pegar a doença outra vez até conseguirem uma vacina”, conta Lígia de Araújo Martins, que, mesmo após curada, não se sente protegida da COVID-19. Após dias de isolamento, ela conta da aflição com o diagnóstico. “Foi um choque, eu não esperava. Apesar de ter pego a doença em um estágio mais brando, foi de muita angústia.”

Atualmente “ótima” de saúde, Lígia disse que a maior lição durante este período foi aprender sobre empatia, afeto que não é retribuído pelas pessoas de seu convívio. “A pessoa sabe que você pegou a doença e procura ficar longe de você, não senta do seu lado. A sensação que passa é que temos uma doença  que só de olhar pega”, lamenta a enfermeira, que disse sentir o preconceito todos os dias.


Danilo Emerich Garcia, 34 anos, servidor público
“Tenho amiga que falou que não vai me ver”

Danilo começou a desenvolver os sintomas um dia depois da namorada. Dois dias depois dos primeiros sintomas, ele procurou o hospital e, no dia subsequente, perdeu o olfato. “Aí, tive certeza. É a COVID.” O resultado da namorada saiu primeiro. No entanto, com ele os sintomas se agravaram. Na segunda semana, ficou isolado no quarto, mas com sintomas mais severos. “Senti mais falta de ar e procurei o hospital, cansaço forte, falta de ar forte, dor no peito e o médico fez tomografia e disse que eu tinha alteração no pulmão e resolveu me internar”, disse.

Para estabilizar a respiração, o jovem ficou no oxigênio por um dia. “Quando o médico disse ‘vou te internar, seu pulmão está com alteração’, eu senti medo. Agora é só ladeira abaixo. Doença, cada pessoa reage de uma forma, cada dia é diferente”, afirmou. Danilo se tratou em um hospital da rede particular, está feliz em retomar a vida e tomando todos os cuidados, com o uso de máscaras e o distanciamento. “O pós-COVID já está bem tranquilo. Tenho amiga que falou que não vai me ver, que tem um pouco de preconceito”, diz ele, que já retomou o trabalho em home office.


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