Correio Braziliense
postado em 01/07/2020 12:09
Moradores das zonas rurais de Ouro Preto e Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, foram retirados de suas casas na manhã desta quarta-feira, dia 1º, depois da revisão e aumento na área que pode vir a ser atingida por um possível rompimento de barragens de rejeito de minério de ferro da Vale. A Defesa Civil ainda não divulgou o número de famílias que poderiam ser atingidas em caso de ruptura das estruturas. Com o estudo anterior, 11 famílias já tinham sido retiradas da área de possível alcance da lama.As barragens que tiveram aumentado o perímetro de destruição, o chamado "dam break", são: Forquilha I, II, III e IV, do Complexo de Fábrica, em Ouro Preto, mas com alcance ao município vizinho de Itabirito.
Em outubro do ano passado, a Vale elevou para o nível 1 o protocolo de emergência para a barragem de Forquilha IV, o que não requer retirada de moradores de áreas próximas, mas indica que a represa não está em condições ideais, apesar de ainda sob controle da empresa que a administra. A escala vai até três, que aponta para ruptura a qualquer momento, como o caso da barragem da mineradora em Barão de Cocais, também em Minas Gerais.
Segundo informações da Defesa Civil de Minas Gerais, o novo estudo passou a considerar a possibilidade de colapso das quatro represas ao mesmo tempo. A corporação disse que vai conduzir a realocação das famílias. "Além da hospedagem em hotéis e, posteriormente, em moradias temporárias com aluguel social custeado pela Vale, serão assistidas por atendimento psicossocial, alimentação e transporte para necessidades básicas e emergenciais, como trabalho, escola e consulta médica".
Em nota, a Defesa Civil pontuou não ter ocorrido alteração nos dados técnicos das estruturas ao longo dos últimos meses, e que inspeções não detectaram anomalias. "As barragens do Complexo de Fábrica são monitoradas continuamente por meio de piezômetros automatizados, radares terrestres, estações robóticas totais, capazes de detectar movimentações milimétricas, e microssísmica, além de observadas por câmeras de vigilância 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale".
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.