Correio Braziliense
postado em 04/07/2020 04:13
A reabertura de bares e restaurantes no Rio foi marcada por intensa aglomeração de pessoas e levou a Guarda Municipal a solicitar o fechamento de alguns estabelecimentos. Ontem, a situação não se repetiu no começo da noite, seja por conta do clima frio (19°C), da garoa ou da péssima repercussão das aglomerações.
O decreto que autorizava o funcionamento após quase três meses de fechamento estabelecia que os locais abrissem com capacidade de público reduzida e com distanciamento de 2 metros entre as mesas, mas isso ficou longe da realidade. Ruas como a Dias Ferreira e a Ataulfo de Paiva, no Leblon, registraram multidões nas calçadas na frente de bares tradicionais.
A Prefeitura do Rio informou que a Guarda Municipal agiu em diversos bairros. “Os agentes determinaram o fechamento de diversos bares”, declarou a prefeitura, sem revelar quais. “Devido ao horário de fechamento e à aglomeração e consumo na rua, todos os estabelecimentos foram orientados a fechar as portas”, prosseguiu a nota.
Donos de bares afirmam que estão respeitando as regras e a aglomeração aconteceu da porta para fora. “Nós reduzimos o número de mesas, exigimos que os clientes usem máscaras e fechamos às 23h”, diz Manuel Rocha, de 69 anos, um dos donos do bar Jobi.
No Belmonte, outro tradicional ponto de boemia no Leblon, às 18h45 de ontem, apenas cinco das 30 mesas estavam ocupadas. “Ontem (quinta) paramos de atender às 23h e não tivemos problemas de aglomeração, mesmo na calçada”, contou o gerente Antônio Matias.
O público que começava a chegar aos bares do Leblon dizia estar consciente das limitações, mas ávido por sair de casa. “Sei que não podemos nos expor, viemos de máscara e trouxe álcool em gel na bolsa. Mas não aguentava mais ficar em casa”, contou a advogada Ana Paula Ramos, de 38 anos.
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