Brasil

Excluídos da educação

Correio Braziliense
postado em 05/07/2020 04:04

No ensino, a suspensão das aulas agravou o acesso à educação de estudantes vulneráveis, jovens e alunos portadores de deficiência por todo o mundo. O Relatório de Monitoramento Global da Educação 2020, da Unesco, mostra que cerca de 40% dos países mais pobres não garantem aos estudantes de menor renda, negros e deficientes o básico para a aprendizagem a distância durante o isolamento social imposto pela covid. 

Trata-se de apoio como acesso a dispositivos tecnológicos ou a adequação das aulas às deficiências. Problema que afeta especialmente as meninas, as crianças com deficiências, os imigrantes e as minorias étnicas. “As lições do passado, como com o ebola, demonstraram que as crises sanitárias podem deixar muitos para trás, particularmente as meninas mais pobres, muitas das quais nunca voltarão à escola”, escreveu a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay. 

Nos países de renda baixa e média, os estudantes de famílias mais ricas apresentaram uma probabilidade três vezes maior de concluir o primeiro nível da educação secundária do que aqueles das famílias mais pobres. O relatório da Unesco, que monitora 209 países, mostra ainda que 9% dos países da América Latina e do Caribe não têm apoiado os estudantes mais vulneráveis nesse momento de pandemia. 

Ensino remoto

O abismo do acesso às ferramentas educacionais entre estudantes de realidades socioeconômicas distintas no Brasil ficou evidente diante da necessidade do ensino remoto. Levantamento sobre acesso a tecnologias da informação e comunicação, o TIC Educação 2019 aponta que 39% dos estudantes de escolas públicas urbanas não têm computador ou tablet em casa. Nas escolas particulares, o índice é de 9%. Esse foi o cenário que as instituições de ensino se depararam ao entrar na pandemia, sendo obrigadas a suspenderem as aulas. (SK e MN)



Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags