Os números do Banco Central mostram que as Regiões Sudeste e Sul, as mais industrializadas do País, foram fortemente afetadas na área econômica. Isoladamente, a Região Sudeste apresentou retração de 10,51% em março e abril. São Paulo e Rio tiveram perdas ainda maiores no período, de 11,92% e 11,08%, respectivamente. Espírito Santo apresentou retração de 9,82% e Minas Gerais, de 6,41%.
"São Paulo e Rio têm alta concentração urbana", lembra Otto Nogami, professor do Insper. "Na medida em que o isolamento social é decretado, algumas atividades não conseguem sobreviver."
Economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast avaliaram que, assim como há diferenças entre os Estados quanto aos impactos da pandemia, a recuperação também tende a ser desigual.
"Estados do Norte e Nordeste são mais pobres, têm maior vulnerabilidade. Por isso, também acabam sofrendo mais", avalia Joelson Sampaio, coordenador do curso de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). "A questão fiscal acaba diminuindo a margem que os Estados têm para atuar. Alguns não possuem margem para combater a covid-19 ou para adotar políticas mais robustas."
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.