A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) informou, nesta terça-feira (7/7), que irá recorrer à decisão judicial que determinou a cobertura de exames sorológicos da covid-19 pelos planos de saúde, os conhecidos testes rápidos. A principal justificativa da agência é de que a incorporação de uma tecnologia “sem a devida análise criteriosa” pode causar risco para os beneficiários de planos de saúde.
"Estudos e análises de diversas sociedades médicas e de medicina diagnóstica apontam controvérsias técnicas em relação aos resultados desse tipo de exame e à possibilidade de ocorrência de alto percentual de resultados falso-negativos", afirma a agência.
Apesar de recorrer à decisão judicial, a ANS afirma que está atenta ao cenário da evolução da pandemia. "A ANS tem trabalhado para garantir tanto a assistência aos beneficiários de planos de saúde, como o alinhamento com as políticas nacionais de saúde", diz.
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Além disso, outros seis exames que auxiliam no diagnóstico e tratamento da covid-19 estão inclusos no rol de coberturas para auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento de situações clínicas que podem representar grande gravidade, como por exemplo, a presença de um quadro trombótico ou de uma infecção bacteriana causada pelo vírus.
Para discutir sobre o assunto, membros da Câmara de Saúde Suplementar se reúnem nesta sexta-feira (10/7) e decidem se incluem ou não a obrigatoriedade de cobertura dos testes rápidos pelos planos de saúde.