O novo coronavírus não mostra dar trégua. Diante das medidas de flexibilização permitidas nos quatro cantos do Brasil, o Ministério da Saúde registrou mais 1.254 mortes e 45.305 infecções pela doença nas últimas 24 horas. Com isso, são 1.668.589 casos confirmados e 66.741 óbitos no país.
A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, disse, em coletiva desta terça-feira (7/7), que as atualizações de casos de covid-19 do Brasil tem feito com que o país lidere e puxe a curva das américas, região atualmente considerada o epicentro da pandemia. "Dois meses atrás, os Estados Unidos representavam 75% dos casos em nossa região. Na semana passada, registraram menos da metade dos casos na região, enquanto a América Latina e o Caribe registraram mais de 50% dos casos. Sozinho, o Brasil foi responsável por cerca de um quarto deles", afirmou.
O comportamento da curva em relação aos número de novas infecções e óbitos representa o crescimento. Ao comparar os números da 26ª semana epidemiológica com os da 27ª, é possível notar aumento de mortes e de casos registrados. Foram 12.249 infecções e 101 óbitos a mais entre as duas semanas. Com 263.337 casos e 7.195 mortes, a 27ª semana epidemiológica, concluída no último sábado, foi a que o país registrou mais casos e a segunda com mais confirmações de óbitos pela covid-19.
Metade das unidades federativas (13) chegaram na marca e outras estão próximas de atingi-la. Só no estado de São Paulo, o novo coronavírus já fez 16.475 vítimas e infectou 332.708 pessoas desde o início da pandemia. O segundo estado mais afetado em números absolutos de casos é o Ceará, que, no fim de semana, ultrapassou o Rio de Janeiro em total de infectados. São 124.952 casos confirmados no estado nordestino, contra 124.086 no estado fluminense. No entanto, a quantidade de mortes do Rio continua maior. São 10.881 óbitos e, no Ceará, a doença fez 6.556 vítimas.
Pernambuco e Pará têm mais de 5 mil perdas, com 5.234 e 5.128 registros, respectivamente. Os outros oito estados com pelo menos mil mortes são: Amazonas (2.952), Maranhão (2.286), Bahia (2.216), Espírito Santo (1.880), Rio Grande do Norte (1.291), Minas Gerais (1.282), Alagoas (1.192) e Paraíba (1.145).
Não há mais nenhum estado com menos de cem mortes desde que o Mato Grosso do Sul atingiu o patamar. Nesta segunda, o estado tinha 128 óbitos confirmados, sendo a unidade federativa com menos fatalidades. Com MS, somente outros cinco estados têm menos de 500 óbitos: Amapá (455), Santa Catarina (419), Roraima (376), Acre (399) e Tocantins (228).
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