Correio Braziliense
postado em 09/07/2020 18:29
A PolÃcia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) promoveram, na manhã desta quinta-feira, 9, uma operação para tentar prender 16 pessoas acusadas de integrar uma milÃcia que atua em bairros da zona oeste do Rio. Até o inÃcio da tarde, cinco haviam sido localizadas e detidas, entre elas um cabo da PolÃcia Militar que atua no programa Centro Presente, responsável pelo policiamento do centro da capital, e segundo a investigação, seria o vice-lÃder da quadrilha. Também são cumpridos 51 mandados de busca e apreensão.
As investigações começaram a partir da morte de Marcus VinÃcius Calixto, assassinado em 2018, em Vargem Grande (zona oeste). Escutas telefônicas realizadas com autorização judicial durante a investigação revelaram que ele foi morto por contrariar interesses de um grupo de milicianos que atua no bairro e cujo lÃder, segundo o MP-RJ, é o capitão da PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva, conhecido entre os comparsas por capitão Leo. Os investigadores identificaram também a participação do cabo Fernando Mendes Alves, conhecido como Biro, que seria responsável por garantir a proteção dos demais integrantes da milÃcia. Ele foi preso.
"A principal diferença dessa organização criminosa é que, além de cometerem os crimes tradicionais de milÃcia, como extorsões, ameaças e homicÃdios, eles também praticam o crime de tráfico de entorpecentes", afirmou o delegado Antônio Ricardo Nunes, que participou da operação, chamada Porto Firme.
O grupo é acusado por crimes como tráfico de drogas e de armas de fogo, extorsões, homicÃdios, agiotagem e corrupção ativa, e atua na região de Vargem Grande e Vargem Pequena. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada da capital, a pedido do MP-RJ.
O Estadão procurou representantes dos policiais militares acusados de integrar essa milÃcia, para que se manifestassem sobre a acusação, mas não localizou ninguém até a publicação desta reportagem.
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.