Correio Braziliense
postado em 14/07/2020 14:31
Uma parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Bio-Manguinhos (unidade da Fiocruz) e Diklatex permitiu o desenvolvimento de um tecido que pode neutralizar o novo coronavÃrus. Testes preliminares foram realizados no inÃcio de junho e demonstraram que as amostras do tecido foram capazes de inativar mais de 99,9% das partÃculas virais respiratórias do sarampo e da caxumba. Em seguida, após testar positivamente para os dois vÃrus, os pesquisadores confirmaram a mesma eficácia para a covid-19.
De acordo com informações da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Bio-Manguinhos, em parceria com o Centro de Tecnologia da Indústria QuÃmica e Têxtil (Senai CETIQT) e Diklatex, está avaliando experimentalmente a ação desses tecidos antivirais para a produção de máscaras e aventais. De acordo com a chefe do Laboratório de Tecnologia Virológica (Latev), Sheila Maria Barbosa de Lima, um dos tecidos avaliados foi capaz de inativar 99,9% das partÃculas virais do novo coronavÃrus após um minuto de contato do vÃrus com o material.
"A comprovação da ação anti-SARS-CoV-2 do tecido produzido pelo SENAI CETIQT/Diklatex se destaca no cenário atual do PaÃs em meio à pandemia como um importante equipamento de proteção no combate à disseminação do vÃrus", afirma a chefe do Latev.
Para o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, o resultado da parceria demonstra que "a inovação é decisiva para o Brasil enfrentar as consequências do novo coronavÃrus e também será essencial no pós-pandemia, quando o PaÃs terá o desafio de repensar a atividade produtiva para que seja mais forte e competitivo diante das oportunidades que vão surgir".
A expectativa é de produção de 600 mil peças por mês com o tecido antiviral, entre máscaras, aventais e uniformes hospitalares. Segundo a CNI, desde março, equipes com vários profissionais vêm trabalhando no desenvolvimento do material, dentro de um projeto que foi selecionado pelo Edital de Inovação para a Indústria. (Equipe AE)
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