Brasil

País tem 1,3 mil mortes em 24 horas

Correio Braziliense
postado em 15/07/2020 04:17

O Brasil contabilizou, ontem, mais 1,3 mil mortes pela covid-19, totalizando 74.133 vidas perdidas desde o início da pandemia. O número de novos óbitos é o maior em três semanas, desde as 1.374 fatalidades reportadas no dia 23 de junho. Atualmente, 17 estados registram mais de mil mortes pela doença. São Paulo lidera o ranking brasileiro, com 18.324 óbitos e 386.607 confirmações do novo coronavírus. O Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos, com 11.624 vítimas da doença.


Em seguida estão: Ceará (6.977), Pernambuco (5.715), Pará (5.318), Amazonas (3.063), Bahia (2.584), Maranhão (2.536), Espírito Santo (2.082), Minas Gerais (1.688), Rio Grande do Norte (1.432), Paraíba (1.342), Alagoas (1.314), Paraná (1.146), Mato Grosso (1.105), o Rio Grande do Sul (1.060) e Sergipe (1.033). No pé da tabela, somente cinco estados têm menos de 500 óbitos: Amapá (483), Acre (436), Roraima (398), Tocantins (267) e Mato Grosso do Sul (177).


A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,8%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes), 35,3.
O número de casos confirmados pelo Ministério da Saúde também voltou a subir, com acréscimo de 41.857 registros, ontem. Com isso, o país tem 1.926.824 infectados e deve ultrapassar os dois milhões de casos nos próximos dias. Estimada pelo Portal Covid-19 Brasil, a marca demonstra a rapidez com que a curva brasileira subiu nas últimas semanas.


Em 19 de junho, o país alcançava 1 milhão de positivos confirmados e, caso a estimativa se consolide, o número terá dobrado em menos de um mês. Isso significa que o novo milhão deve vir 4,4 vezes mais rápido que o primeiro, iniciado em 26 de fevereiro, quando foi registrado o primeiro caso. Puxado pelo Brasil e pelos Estados Unidos, as Américas ganharam status de epicentro da doença no mundo.


“Na última semana, 64% de todas as novas mortes no mundo foram relatadas na região das Américas e isso nos lembra que esta é uma doença muito grave e que devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para evitar que as mortes ocorram”, ressaltou a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Carissa Etienne.
A diretora da Opas trouxe o debate da importância do acesso às vacinas nas Américas. Por isso, a Opas organiza um fundo com o objetivo de a proteção chegar às regiões mais vulneráveis.


A estratégia consiste no incentivo ao “Fundo Rotatório”, um mecanismo de cooperação pelo qual as vacinas e demais equipamentos para garantir que a dose chegue à população são adquiridos em nome dos Estados-membros. O objetivo é ofertar “recursos compartilhados e acesso equitativo a preços acessíveis”, resumiu Etienne. “No Brasil, por exemplo, as comunidades indígenas ao longo da bacia amazônica estão vendo taxas de incidência mais de cinco vezes maiores que a média nacional”, exemplificou a diretora. Por enquanto, 30 países e territórios integram a ação, incluindo o Brasil.

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