Brasil

Governo vai pedir mais recursos ao Congresso para ações na Amazônia

Projeto de lei está sendo assinado pelo presidente Jair Bolsonaro. Intenção é obter verba para operações das forças armadas na região

Após reunião do Conselho da Amazônia Legal, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que o presidente Jair Bolsonaro está assinando uma proposta de lei a ser enviada ao Congresso Nacional pedindo mais recursos para ações de combate ao desmatamento e queimadas na Amazônia. 

O recurso será para a extensão da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), prorrogada na última sexta-feira (10) até o dia 6 de novembro deste ano, garantindo, assim, a permanência das Forças Armadas na Amazônia.

"Hoje está sendo assinado pelo presidente a proposta de um projeto de lei indo ao Congresso concedendo recursos para a extensão dessa operação", disse Mourão após reunião do Conselho, nesta quarta-feira (15). O vice-presidente tem dito que a permanência dos militares se faz necessária frente ao baixo número de efetivo dos órgãos ambientais de fiscalização. 

De acordo com ele, o governo está trabalhando no planejamento para recuperar a capacidade operacional das agências ambientais, citando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

O vice-presidente ressaltou que só após a ampliação da capacidade dos órgão é que será possível liberar as Forças Armadas do emprego constante de atividades na Amazônia contra a degradação ambiental. A operação de militares na Amazônia é chamada de Verde Brasil. Mourão disse antes da reunião do Conselho que o governo tem um planejamento para manter a operação até o fim do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em 2022, caso seja necessário.

Saiba Mais

Após encontro, ele voltou a falar sobre o assunto, e explicou que o país está com planejamento das operações de comando e controle até o final do presente mandato do presidente Jair Bolsonaro. "Não especificamente que seja com emprego das Forças Armadas em operações de Garantia da Lei e da Ordem, porque a nossa visão é que nós precisamos ter um planejamento para recuperação da capacidade operacional dos órgãos de fiscalização", disse.