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Sem SP, Brasil tem 1ª terça com menos de mil mortes por covid desde maio

Foram acrescentados mais 921 óbitos ao balanço, chegando a 88.539 vítimas do novo coronavírus. Queda, no entanto, se deu por problemas na atualização de casos de SP, que ficou de fora do balanço

Pela primeira vez em mais de dois meses de intensificação da pandemia da covid-19 no Brasil, as atualizações de uma terça-feira não ultrapassaram o patamar de mil mortes diárias registradas pelo Ministério da Saúde. Foram acrescentados neste 28 de julho 921 óbitos ao balanço, totalizando 88.539 brasileiros vitimados pelo novo coronavírus. A última vez que o país contabilizou menos de mil fatalidades no segundo dia útil semanal foi em 12 de maio, com 881 acréscimos. 

 

Isso ocorreu porque o estado de São Paulo informou ter tido dificuldades para exportar a base de dados a tempo de atualizar o painel nacional. Com isso, a Secretaria Estadual de Saúde de SP só vai lançar os dados referentes a esta terça amanhã (29/7). 

 

O Ministério da Saúde ainda informou que a Secretaria Estadual de Saúde do Pará “verificou algumas inconsistências na base e corrigiu duplicidades” e, por isso, o número total de óbitos informados nesta terça (5.716) é menor do que o reportado na segunda (5.729). 


No entanto, como a doença continua se alastrando pelo país com taxas de contágio ainda acima da capacidade de controle, a situação continua dramática, e inclusive com apresentação de sinais de segunda onda em alguns estados. Mais 40.816 casos foram registrados no balanço desta terça-feira e, com isso, o país se aproxima das 2,5 milhões de infecções pela covid-19. São 2.483.191 confirmados desde o início da pandemia. 

Ainda que a curva nacional pareça mostrar sinais de desaceleração, a perspectiva ainda é prematura para se tirar conclusões. Até porque a média móvel de casos dos últimos sete dias, de 45.280 acréscimos por dia, continua sendo recorde até o momento. Já a média móvel de mortes é uma das maiores da história da pandemia brasileira, com estimativa de 1.044 novos óbitos diários nos últimos sete dias. 

Roraima, Tocantins e Mato Grosso do Sul são os únicos estados com menos de 500 mortes — 479 e 357 e 328, respectivamente. Além deles, somente outros quatro estados têm menos de mil mortes pela doença no Brasil: Santa Catarina (960), Rondônia (840), Amapá (558), Acre (500). 

Dentro do Brasil, a maioria dos estados já acumula mais de mil óbitos pela covid-19. Das 27 unidades federativas, 20 integram essa lista. Quem lidera o ranking brasileiro é São Paulo, com 21.676 óbitos pelo novo coronavírus. O Rio de Janeiro é o segundo com mais fatalidades, com 13.033 vítimas da doença. Os dois são os únicos estados que têm mais de 10 mil mortes. 

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Em seguida estão: Ceará (7.613), Pernambuco (6.421), Pará (5.716), Amazonas (3.236), Bahia (3.270), Maranhão (2.959), Minas Gerais (2.551), Espírito Santo (2.463), Paraíba (1.745), Paraná (1.743), Rio Grande do Norte (1.714), Mato Grosso (1.669), Rio Grande do Sul (1.680), Alagoas (1.527),  Goiás (1.473), Distrito Federal (1.391), Sergipe (1.359) e Piauí (1.278).

Já ao olhar para o número de casos, sete estados mais o Distrito Federal chamam atenção por já terem confirmado mais de 100 mil infecções pelo novo coronavírus registradas. O Distrito Federal foi o último a ultrapassar esse marca. Nesta terça-feira (28/7), o DF confirmou 100.726 diagnósticos positivos da doença. Junto com ele, estão São Paulo (487.654), Ceará (165.550), Rio de Janeiro (159.639), Bahia (153.313), Pará (150.185), Minas Gerais (116.645) e Maranhão (115.988).