Correio Braziliense
postado em 29/07/2020 04:15
» saúde
Combate à hepatite
O Ministério da Saúde anunciou ontem, no Dia Mundial de Combate à Hepatite, que zerou a fila para tratamentos de hepatites virais e se comprometeu com a eliminação da doença até 2030. Nos últimos 20 anos, 673.389 pessoas foram diagnosticadas com hepatites virais e, entre 2000 e 2018, foram registrados 74.864 óbitos. O objetivo da eliminação da doença consiste na redução de 90% dos casos e na diminuição de 65% das mortalidades associadas às hepatites. A hepatite C, cuja transmissão ocorre por sangue contaminado, sexo desprotegido e compartilhamento de objetos cortantes, é a que mais mata no Brasil; cerca de 76% dos óbitos registrados entre 2000 e 2018. “Novos antivirais curam mais de 95% das infecções pelo HCV, vírus da hepatite C. Isso faz com que a gente tenha uma luta e um sonho de participar do plano de eliminação da hepatite C até 2030. O Brasil é signatário desse acordo”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, em coletiva de imprensa da pasta.
» violência
morte de 24 ativistas
O Brasil figurou entre os três países com maior número de mortes de ativistas ambientais em 2019. O dado faz parte de um relatório anual da organização Global Witness, que faz o levantamento sobre ataques contra defensores da terra e do meio ambiente. Em 2019, 24 ativistas foram assassinados no Brasil. Em 2018, esse registro havia chegado a 20 vítimas, conforme os dados da organização internacional. No ranking da violência no campo, a Colômbia surge como o país com mais casos. Foram 64 mortes em 2019, seguida por Filipinas (43), Brasil (24), México (18), Honduras (14) e Guatemala (12). Em todo o mundo, a organização registrou 212 pessoas mortas no ano passado, por defenderem pacificamente suas casas e resistirem à destruição da natureza. Em 2018, o número total chegou a 164 mortos. Trata-se de número de referência. Globalmente, como reconhece a instituição, o verdadeiro número de assassinatos é maior, pois os casos não chegam a ser documentados. A violência ligada a projetos de mineração foi a mais letal do mundo, com 50 defensores mortos em 2019. Mais da metade dos assassinatos ocorreu em comunidades na América Latina afetadas pela mineração.
regularização fundiária
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contratos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foram prorrogados até 2023, segundo medida provisória publicada ontem pelo governo federal. Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República esclarece que a medida auxilia o processo de regularização fundiária em áreas rurais na Amazônia Legal. “Estima-se com esse ato impacto orçamentário-financeiro de aproximadamente R$ 6,7 milhões para o período”, diz a nota da Secretaria-Geral.
» justiça
livro propõe castigo
A Justiça do Rio proibiu a venda e a publicação na internet de um livro que orienta pais a educarem seus filhos por meio de castigos físicos. A publicação sugere que os castigos sejam feitos com o uso de vara e colher de silicone, e as agressões não ocorram em locais visíveis. A decisão é da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital, que atendeu à ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) contra a circulação do livro O Que Toda Mãe Gostaria de Saber Sobre Disciplina Bíblica, de Simone Gaspar Quaresma. Em sua página na internet, Simone se apresenta como professora por formação, mas diz que “deixou a carreira para se dedicar em tempo integral ao marido e aos filhos”. Além de proibir a venda da publicação, o juiz determinou que links para palestras da autora com a mesma temática devem ser retirados de circulação na internet pelo Google Brasil (proprietário do YouTube), Facebook, Amazon e o site Mulheres Piedosas, sob pena de pagamento de multa. Em nota, Edmilson Almeida, advogado e assessor Jurídico da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), afirmou que vai recorrer da decisão.
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