Brasil

Polícia investiga elo entre ataques em Botucatu com ações financiadas pelo PCC

Correio Braziliense
postado em 30/07/2020 16:42
A Polícia Civil vai investigar o elo entre dessa quadrilha com ações financiadas pelo PCC. Os ataques em Botucatu, conforme policiais ouvidos pela reportagem, seguiram o mesmo modo de operação de um bando altamente especializado que invadiu bancos em maio, em Ourinhos, a 183 quilômetros da cidade. Na ocasião, os criminosos usaram explosivos para roubar uma agência bancária e também trocaram tiros com a Polícia Militar. Até o início desta tarde, a polícia já havia recuperado cinco carros blindados usados na ação, a maioria do modelo Range Rover. Também foram recuperados malotes com dinheiro e armas (fuzis). Não foram informados detalhes do material apreendido. Diligências policiais continuam por toda a cidade e arredores. Praticamente todos os setores do município cancelaram suas atividades em razão do clima de insegurança nas ruas e diversos relatos sobre ações de captura pela cidade. Ao longo da madrugada, a polícia confirmou ao menos cinco pontos espalhados pelo município, em que trocou tiros com criminosos. Em uma dessas, dois policiais foram feridos, sem risco de morte. Um assaltante foi morto já em um outro cerco, na entrada da cidade, pela manhã. "A situação está muito tensa. Eu vim trabalhar com medo, a prefeitura informou que estava dispensando o pessoal, mas me senti na obrigação pois trabalho no Balcão da Cidadania e presto informações a muitos munícipes. Muitos deles são idosos, então é importante eu estar aqui. Mas a prefeitura está praticamente vazia, e a cidade também. Muitos setores liberaram os trabalhadores. Tem polícia por todo canto, Rota, até da Polícia Rodoviária", disse o servidor público Bruno Furlan, de 20 anos. Conforme a Polícia Civil, na madrugada, os criminosos foram flagrados fugindo do Banco do Brasil, na região central. O alerta foi ligado após duas viaturas serem incendiadas na entrada do Batalhão da Polícia Militar. Reforços foram acionados pela corporação, e vieram das cidades de Bauru, Avaré, Piracicaba e Sorocaba. Ao menos um caminhão em chamas foi deixado pela quadrilha próximo ao pedágio da Rodovia Marechal Rondon para dificultar a chegada de reforço policial a Botucatu. Ao longo da madrugada e já ao amanhecer, chegaram reforços também do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), Deic (Departamento Especial de Investigações Criminais), Força Tática e esquadrão antibombas do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), entre outros. Em duas agências, foram deixadas dinamites, recolhidas pelo grupo antibombas. Houve detonação pelo bando apenas no Banco do Brasil, que ficou parcialmente destruído.

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