Brasil

Mortos passam de 94 mil

O país registrou 541 óbitos e 25,8 mil novos casos de covid-19 em apenas 24 horas. Pandemia já dura quase cinco meses

Correio Braziliense
postado em 03/08/2020 04:12
O Brasil alcançou, nesse domingo, a marca de 94.104 mortos pela covid-19 e de 2,73 milhões de casos confirmados da doença. Em uma semana, o aumento de óbitos foi de 8%, enquanto o número de casos subiu 13%. O país registrou 25,8 mil notificações em 24 horas e 541 mortes no mesmo período. 

Observando dados dos últimos sete dias, a média diária de mortes no Brasil foi de 1.014. Já a média de casos foi de 44,9 mil. Das 27 unidades da Federação, só seis têm menos de mil mortes registradas: Rondônia, Amapá, Roraima, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Acre. Na lista dos cinco estados com maior número de casos estão São Paulo (558.685), Ceará (176.580), Bahia (170.476), Rio de Janeiro (167.225) e Pará (156.285). 

Como mostrado pelo Correio na edição de ontem, só 64 das 5.570 cidades brasileiras ainda não registraram confirmações da covid-19. O levantamento foi feito com base em dados do Ministério da Saúde, revelando o processo de interiorização do vírus, que se alastra pelo país.

Ranking
O Brasil é o segundo no ranking mundial com mais infectados e óbitos em decorrência da covid-19, de acordo com dados da UniversidaJohns Hopkins (EUA), atrás, apenas, dos Estados Unidos. O país norte-americano tem 4,6 milhões de casos e 154,8 mil mortes. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo coronavírus há quase cinco meses, em 11 de março. Na última sexta-feira, a organização alertou que o problema deve durar ainda muito tempo. “A pandemia é uma crise de saúde que ocorre uma vez em cada século, cujos efeitos serão sentidos nas próximas décadas”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. 

Desde a confirmação da existência do vírus, que já matou mais de 680 mil pessoas no mundo, países têm se empenhado em uma verdadeira corrida em busca de uma vacina para que as pessoas possam se imunizar contra a covid-19. Na última sexta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Ministério da Saúde e o laboratório AstraZeneca assinaram um acordo para garantir a transferência de tecnologia e a produção, no Brasil, de 100 milhões de doses de uma vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido.

A imunização está em fase de estudos clínicos, mas o governo busca agilizar os processos para que, caso seja considerado seguro, possa ser usado com celeridade na população. O acordo prevê que o Brasil poderá começar a produzir a vacina a partir de dezembro. Também estão em curso, no país, testes clínicos com a vacina chinesa, a CoronaVac, uma parceria da Sinovac com o Instituto Butantan.

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