No período do dia 5 de junho até o dia 5 de julho, foi registrada a frequência mais baixa de operações policiais desde 2007. A redução observada foi de 78%, em relação à média dos anos analisados; e de 75%, frente a estimativa para 2020. O resultado dessa diminuição, segundo o material, foi quase a metade de pessoas férias em relação à média entre 2007 e 2019. Comparada a estimativa para esse ano, a redução chegou a 69%.
“Com relação aos mortos, houve, no mesmo período, uma redução 72,5% dos óbitos decorrentes de operações policiais em relação à média de mortes no mesmo período entre 2007 e 2019 e redução de 77,0% de mortos em relação à estimativa para 2020, seguindo o cálculo de tendência”, alerta o texto, que ainda ressalta que dado especulativo-projetivo apontam que a Medida Cautelar tenha poupado 30 vidas em 31 dias. “Caso mantida em vigor esta Medida Cautelar, após um ano, contando trinta mortos por cada um dos doze meses do ano, estima-se que cerca de 360 vidas de cidadãos comuns e policiais terão sido poupadas”.
Para realizar o levantamento, a pesquisa utilizou dados oficiais do Instituto de Segurança pública (ISP-RJ) sobre ocorrências policiais; dados sobre tiroteios do Datalab Fogo Cruzado – RJ e números dos dados sobre operações policiais produzidos pelo GENI/UFF. O que norteou o estudo foi descobrir se as operações policiais estão relacionadas ao aumento ou diminuição da criminalidade violenta e, caso estejam relacionadas, qual seria essa relação.
O cruzamento desses dados pontou que as operações não são eficientes em reduzir a ocorrência de crimes e aparentam contribuir com o aumento dessas ações. Ainda de acordo com o texto: “nos primeiros 31 dias de vigência da liminar proferida pelo Ministro Fachin houve uma redução significativa do número de operações policiais que foi acompanhada de uma diminuição do número de feridos, de mortes violentas e de ocorrências criminais”.