Correio Braziliense
postado em 04/08/2020 13:39
Criado com o objetivo de ajudar no combate ao crime organizado na região fronteiriça, o Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (Vigia) foi reforçado hoje (4) com as entregas de uma base fluvial e da primeira de sete torres de comunicação com rádios móveis e portáteis.Com capacidade para comportar cerca de 60 agentes, a Base Arpão é a primeira base fluvial da Amazônia Legal no âmbito da Operação Hórus -- um dos eixos do programa Vigia, que entrou em operação em 2019. A embarcação ficará atracada no Rio Solimões, entre os municípios amazonenses de Coari e Tefé.
O local foi escolhido por se tratar de uma das principais rotas de escoamento de drogas produzidas em países vizinhos. As ações terão o reforço de outras cinco embarcações blindadas e duas lanchas financiadas pelo governo do estado do Amazonas.
Já a primeira torre de comunicação foi instalada na cidade de Iranduba (AM). As demais serão instaladas nas cidades de Tabatinga, Benjamin Constant, Tefé, Coari, Santo Antônio de Içá e Parintins.
“Estamos disponibilizando um sistema de comunicação, comando e controle que proporcionará uma comunicação com segurança efetiva e a interoperabilidade entre vários órgãos que atuam em segurança pública e defesa no estado do Amazonas. Serão sete torres de comunicação que emitem um sinal de rádio que é captado pelos terminais que estarão dispersos pela região com as equipes que o operam”, explicou o coordenador-geral de Fronteiras da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Eduardo Bettini.
Segundo ele, esse sistema proporcionará “comunicação e interoperabilidade de excelência" entre diversos agentes de segurança pública que atuam na região. Foram investidos R$ 13 milhões no equipamento. Outros R$ 4,5 milhões serão aplicados na manutenção do sistema, em custeio e na aquisição de binóculos termais, óculos de visão noturna, equipamentos de comunicação, comando e controle, bem como sistema de rádio georreferenciado.
“Entre a área de cobertura de uma torre e outra é possível fazer a comunicação também via links de internet e criando-se um raio de aproximadamente 50 km onde é possível a comunicação com qualidade digital, segura, interoperável, que proporciona a atuação de várias equipes simultâneas no terreno”, acrescentou Bettini.
Saiba Mais
Segundo o governo, desde que chegou no Amazonas, o programa já causou um prejuízo de R$ 143 milhões ao crime organizado, sendo R$ 4 milhões relacionados a crimes ambientais. O programa já resultou na apreensão de 8 toneladas de drogas, 474 armas, 49 embarcações e 123 veículos.
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