Com números altos no patamar de casos e mortes e sem conseguir controlar as taxas de transmissão, o debate em torno da vacina se acentual no Brasil. O Ministério da Saúde aposta em pelo menos quatro parcerias com as mais pesquisas mais avançadas e aproveita o cenário nacional para servir como ambiente de testagem e, assim, conseguir estreitar parcerias. A ideia, segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia, é adquirir a "primeira vacina que chegar".
"O Ministério da Saúde tem total interesse em adquirir qualquer vacina desde que esteja com sua eficácia comprovada", disse o secretário, em coletiva da pasta desta quarta-feira (05/08). A vacina de Oxford, é a favorita por estar em estágio de desenvolvimento mais avançado e, também, devido às negociações com universidade britânica.
Segundo o secretário, há uma encomenda tecnológica que permitirá a transferência da tecnologia para o Brasil, de forma que o país consiga produzir as doses nacionalmente. "Teremos uma competência na plataforma para estudos futuros. Portanto, o Brasil adquiriria uma independência, uma competência tecnológica na produção dessa vacina. Daí a grande importância dessa vacina."
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"Somos um país de excelência em relação a vacinação. Todos nós, brasileiros, já fomos imunizados em programas de vacinação capitaneados por esse ministério. O SUS tem uma capilaridade e 37 mil postos de vacinação espalhados pelo Brasil e, portanto, assim que tivermos uma vacina com eficácia comprovada, iremos distribuir para os estados, que irão destinar para os municípios e a população será vacinada", detalha o secretário.
Dessa forma, a vacina seria incluída no rol de imunizações nacionais, garantindo a distribuição de graça nos postos de saúde "como fazemos com todos os programas de vacinação", detalhou Correia.