Um mês depois da morte do seu idealizador, Boi revive na folia da capital

Um pedacinho da cultura maranhense invadiu as ruas de Planaltina na manhã de ontem. Ao lado da Feira Permanente, dezenas de pessoas assistiam atentas à encenação do grupo Bumba Meu Boi de Seu Teodoro. A apresentação típica do folclore nordestino contou para a população a história da morte e da ressurreição do boi com fantasias e músicas típicas. Esse foi o primeiro ano em que o grupo com 60 pessoas começou o espetáculo sem o idealizador das apresentações na capital Federal,Teodoro Freire, que morreu em janeiro último, aos 91 anos, de enfisema pulmonar.

A tristeza se transformou em homenagem. ;Ele não está presente em corpo, mas temos certeza que o espírito está aqui. A maior homenagem é mantermos viva a tradição que ele iniciou em Brasília;, disse Gilvan do Vale, um dos organizadores do evento. A difusão das festas e danças nordestinas começou em 1963, quando Teodoro criou o Centro de Tradições Populares, em Sobradinho. Desde então, as apresentações se expandiram para Planaltina e Brazlândia. ;É uma forma de as pessoas lembrarem um pouco suas origens e de difundir a cultura. A gente traz para a rua todos os personagens da história;, contou Vale.



Com olhos atentos e pés que ensaiavam passos tímidos, Francisca das Chagas Silva, 61 anos, aproveitou cada momento da encenação. Dançou ao som do tambor de crioula e se encantou com a história cantada do boi. ;Lembra minha infância, quando saía na rua para dançar. Em São Luís, todos ficam fantasiados. É muito bom ver a cultura do meu estado nas ruas da cidade que escolhi para viver e me estabelecer profissionalmente;, afirmou.

A matéria completa, você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta segunda-feira (20/2).