postado em 21/02/2012 08:54
O bloco Galinho de Brasília completou 20 anos no clima do cangaço, tema deste ano. Um dos homenageados foi o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que, se estivesse vivo, completaria 100 anos em dezembro. O evento reuniu cerca de 7 mil pessoas, segundo estimativas da Polícia Militar. Durante as mais de sete horas de percurso, os foliões curtiram muito frevo ao som da tradicional banda que reuniu mais de 40 músicos. A novidade nesta edição foi a participação de seis bailarinos do Recife, que puxavam o bloco e ensinavam os brasilienses os passos de uma das danças mais populares do Brasil. ;Temos convênio com o Galo do Recife e trouxemos seis dançarinos de origem humilde para fazer a festa na capital;, afirmou o diretor-executivo do Galinho, Sérgio Graziel. 
A concentração ocorreu no Setor de Autarquias Sul. O bloco saiu às 16h, passou por quadras, como as 203 e 303 Sul, e seguiu para dispersão no Gran Folia. A PM não registrou nenhuma ocorrência grave durante a festa. Para manter a segurança das pessoas, 250 policias foram mobilizados. Fantasiadas de Maria Bonita, as amigas Luíza Grafiel, Mariana Dualibe e Flávia Silveira, 16, 14 e 13 anos, respectivamente, fazem parte da nova geração do Galinho e garantem que, se depender da euforia, o bloco será um dos mais tradicionais do país. ;Minha mãe estava grávida de mim e vinha para o Galinho. Eu venho desde criança e a cada ano fico mais apaixonada;, disse Luiza. ;Todo ano fico ansiosa para chegar o carnaval e sair no Galinho. É uma festa linda;, contou Mariana.
Política
A crítica política, que dá o tom ao bloco Pacotão, também teve espaço no Galinho. O advogado George Peixoto Lima, 50 anos, e a mulher, Maria Elisa Moreno Campos, 46, foram fantasiados de presidiários em protesto aos políticos corruptos do Brasil. Eles também aproveitaram a ocasião para comemorar a aprovação da Lei da Ficha Limpa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada. ;O carnaval é uma excelente data para comemorar e também para protestar contra os políticos que nos envergonham;, disse George.
A matéria completa, você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta terça-feira (21/2).