Carnaval 2012

Liga de São Paulo usará inquérito policial para definir punição a escolas

postado em 23/02/2012 07:17
Consagrada campeã deste ano do Grupo Especial do carnaval paulista, a Mocidade Alegre preferiu não comemorar o título oficialmente. Com a festa manchada por ações de vandalismo durante a apuração das notas na tarde de terça-feira, a festa na quadra foi cancelada e a diretoria da escola pediu para os torcedores que celebravam o título deixarem o local. ;Não deu para comemorar direito. No momento oportuno, pretendemos organizar uma festa;, disse ontem a presidente da Mocidade, Solange Bichara. Segundo um dos delegados responsáveis pelo caso, Osvaldo Nico Gonçalves, da Delegacia Especializada no Atendimento ao Turista (Deatur), a polícia acredita que o tumulto no Sambódromo do Anhembi, na tarde de terça, foi planejado por dirigentes das escolas de samba Império de Casa Verde, Gaviões da Fiel, Vai-Vai, Tom Maior e Camisa Verde e Branco. Nos próximos dias, os acusados prestarão depoimento.

De acordo com a investigação, oito pessoas serão indiciadas sob suspeita de danos ao patrimônio público e supressão de documentos. A pena pode chegar a seis anos de prisão. Entre eles, Tiago Ciro Tadeu Faria, 29 anos, da Império de Casa Verde, que invadiu a área da apuração e rasgou as notas, e Cauê Santos Ferreira, 20, da Gaviões da Fiel. Ambos estão presos desde terça-feira e foram encaminhados, na manhã de ontem, ao Centro de Detenção Provisória do bairro de Pinheiros (para onde são transferidos presos que aguardam julgamento).

A polícia ainda tenta identificar outros envolvidos por meio das imagens feitas durante a confusão no Sambódromo, quando supostos torcedores da Gaviões da Fiel atearam fogo a dois carros alegóricos da Pérola Negra. Segundo o delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, da Divisão de Portos, Aeroportos e Proteção ao Turista, também responsável pela investigação, o inquérito deve terminar em duas semanas. ;Temos fotos e imagens que dão toda a dinâmica do evento e mostram muito claramente que houve um consenso de escolas diferentes para provocar aquele incidente;, revelou.

O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, Paulo Sérgio Ferreira, afirmou ontem que a entidade aguarda a conclusão do inquérito da Polícia Civil para tomar medidas contra os envolvidos. Segundo ele, é preciso apurar melhor o que ocorreu para evitar qualquer decisão precipitada que possa ser questionada na Justiça. O regulamento da Liga prevê que qualquer membro ou dirigente com comportamento inadequado, seja na concentração, na dispersão, no desfile ou na apuração do carnaval, terá sua escola eliminada do concurso e expulsa da Liga.

A matéria completa você lê na edição impressa do Correio Braziliense desta quinta-feira (23/2).

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