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Bloco Agô traz ritmos diferentes para o carnaval de Brasília

O bloco surgiu do Grupo Cultural Batukenjé que trabalha com releituras dos principais ritmos de diferentes regiões do país.

Maria Eduarda Cardim - Especial para o Correio
postado em 06/02/2016 17:38
Na estreia do sábado de carnaval (6/2) quem saiu pela primeira vez nas ruas de Brasília foi o blogo Agô. O grupo que se apresentou na Praça Cultural da Torre de TV traz ao carnaval uma mistura de ritmos diferentes ao invés das tradicionais marchinhas. A partir de 11h os ritmos, maracatu e samba reggae, marcaram presença na folia.

O bloco surgiu do Grupo Cultural Batukenjé que trabalha com releituras dos principais ritmos de diferentes regiões do país. O grupo de percurssão existe há 10 anos e já participa do carnaval de Brasília em outros blocos como Pacotão e Galinho. Célio Zidorio, mais conhecido como "Celin du Batuk", criou o Batukenjé em 2006 na Finlândia onde morou durante 3 anos. Contra o preconceito, o conjunto reúne idosos e deficientes físicos com o objetivo de incluir através da arte. "A nossa ideia é a inclusão através do tambores", afirmou.

A organizadora, Ana Paula Caio, 45 anos, contou que a vontade de montar um bloco surgiu dos participantes do grupo que ficam em Brasília nesta época. "A gente teve vontade de ter o nosso bloco de carnaval mas não deixaremos de participar dos outros", contou Ana Paula. Além do Grupo Cultural Batukenjé, a música ficou por conta do Grupo Afoxé Ode Igbo e pelos artista locais que foram convidados a se apresentar: Nanã Matos, Mano Ferreira e Kalunga. Diferentes ritmos da Bahia foram explorados e releituras foram feitas.

Segundo a organização do bloco, cerca de 600 foliões passaram pelo local ao longo do dia. Entre eles, estava a estudante de turismo de 19 anos, Yolanda Araújo, que estava aproveitando a festa desde cedo. Normalmente a estudante não costuma pular o carnaval mas este ano procurou conhecer um pouco a festa da cidade onde mora. "Acho interessante esse tipo de iniciativa que traz mais opções ao carnaval de Brasília", relatou ela. Outro folião que aproveitou a festa foi o advogado de 35 anos, Alan Nascimento, que também foi atraído pelo ritmo diferente. "A iniciativa é fantástica porque traz um pedacinho da Bahia para cá", contou.

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