Isa Stacciarini
postado em 09/02/2016 07:10
No carnaval, a folia se mistura com o exagero do consumo de álcool. Foliões abusam de bebidas destiladas, cerveja e batidas com efeito rápido. O resultado é aparente ao longo da passagem dos blocos, com pessoas estiradas no chão, desmaiadas, carregadas por amigos e amparadas por socorristas. A combinação se torna ainda mais perigosa quando muitos foliões assumem o volante. Levantamento do Departamento de Trânsito (Detran) mostra que, de sábado até as 2h de ontem, agentes autuaram 41 motoristas por embriaguez. Do total, três acabaram levados à delegacia após apresentarem concentração de álcool superior a 0,3mg por litro de ar alveolar.
Nos principais blocos de rua, como Babydoll de Nylon, Galinho de Brasília, Pacotão, Raparigueiros e Baratona, cenas de abuso do álcool podiam ser facilmente percebidas. Os excessos são protagonizados também por adolescentes, que preparavam bebidas sem serem abordados pela fiscalização. Com isopores carregados de gelo, cerveja, vodca, catuaba e até uísque, os jovens consumiam os produtos sem serem incomodados.
No Babydoll de Nylon, o Correio fez vários flagrantes. O bloco desfilou no sábado. À medida que a folia seguia, era nítido o efeito rápido da bebida no público. No fim da tarde, vários jovens procuravam carros para se encostar. Um deles, de tão embriagado, sentou-se em uma das valas na Praça do Cruzeiro, abaixou a cabeça e ficou por ali um bom tempo. Também havia fantasias que pediam prudência. Dois amigos penduraram no pescoço placas amarelas com recomendações do tipo: ;Se beber, chame um Uber; e ;Se beber, vá de táxi;. Mas os cartazes contrastavam com os copos com bebida e gelo nas mãos de ambos. Um confessou estar de carro. Ambos acharam graça do contrassenso.
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