postado em 23/04/2008 17:08
Um dos assassinos do jovem João Cláudio Leal, morto na saída da boate Music Hall em agosto de 2000, foi encaminhado a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), nesta quarta-feira (23/04). Marcelo Gustavo Soares de Souza, 30 anos, é acusado de clonar cartões de crédito na QNA 19, em Ceilândia. Ele roubava as cartas de carteiros que continham as faturas dos clientes. Com as informações em mãos, ele clonava os cartões.
Durante os seis anos e seis meses que ficou detido no Complexo Penitenciário da Papuda Marcelo Gustavo conheceu um cearense ; nome não revelado- que o ajudou a cometer os crimes. O homem teria ensinado o assassino a clonar cartões de crédito e, ainda, emprestado os equipamentos que teriam sido utilizados no golpe. A polícia está a procura do cearense.
Há oito meses Marcelo Gustavo e o cearenese teriam recebido o benefício de prisão domiciliar. Desde então, Marcelo assalta os carteiros e divide os lucros com o comparsa. Como alguns bancos exigem senhas alfabéticas dos cartões de crédito, Marcelo contava com o auxílio de outro amigo. Ele fazia compras na padaria do pai de Rodrigo Ferreira Alves, 20 anos, localizada na QSE 9, em Taguatinga. Marcelo adquiria produtos no estabelecimento com os cartões roubados ; função débito ; e dava 25% da quantia a Alves. Rodrigo se entregou nesta tarde. Ele será indiciado por furo mediante fraude e poderá pegar de três a oito anos de prisão.
No inicío desta semana policiais receberam denúncia dos Correios e Telégrafos. Marcelo foi preso em flagrante e encaminhado a carceragem da DRF. Ele teria roubado até o monento R$ 70 mil. Foram apreendidos na Lan House de Marcelo, na QND 9 de Taguatinga, dois notebooks e uma máquina magnetizadora, utilizada para a clonagem. Ele responderá por furto mediante a fraude e uso de documento falso. A pena varia de três a 14 anos.
Em prisão domiciliar, Marcelo também cometeu outros dois crimes. Entre elas: lesão corporal contra a atual namorada e duas ameaças de morte. Uma feita a ex-sogro e a segundo a atual.
Marcelo Gustavo e o amigo José Quirino Alves Júnior foram condenados por Júri Popular pela morte de João Cláudio, que teria morrido devido a socos e pontapés, na saída da boate localizada na 411 Norte. Os dois foram condenados, respectivamente, a 12 e oito anos de reclusão.