postado em 28/04/2008 15:44
Até o fim desta semana, os internos do Centro de Internação de Adolescentes Granja das Oliveiras (Ciago) não contarão mais com a administração dos padres amigonianos, que eram os responsáveis pela administração do local desde julho de 2006. Isso porque o contrato emergencial, assinado em dezembro de 2007, vence nesta segunda-feira (28/04).Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania do Distrito Federal (Sejus) o governo ainda estuda o nome da instituição que deve assumir o Ciago. Embora o contrato já tenha expirado o governo local e os amigonianos fizeram um acordo informal. A instituição só deixará o prédio quando a Sejus escolher a nova administração.
O secretário da Sejus, deputado Raimundo Ribeiro, afirma que o atendimento aos internos não será prejudicado porque os funcionários contratados pelos amigonianos não serão dispensados até que a nova equipe esteja devidamente instalada.
Rebelião
No início de março deste ano, 24 dos 144 adolescentes internos ficaram horas rebelados no Ciago. No dia seguinte, assustados, os funcionários fizeram uma paralisação. Diante da situação o governo do Distrito Federal (GDF) determinou o afastamento imediato da então diretoria da instituição ; a Congregação Amigoniana, que deveria administrar o Ciago até abril. O delegado da Polícia Civil, Celso Wagner, assumiu o centro. Wagner, estava lotado na Secretaria de Justiça e Cidadania.
Raimiundo Ribeiro disse aprovar a atuação de Wagner nesse período de transição e disse que a nova instituição interventora deverá ser anunciada nesta terça-feira (29/04). Ele evitou falar em nomes, já que alguns candidatos estão sendo analisados pela assessoria jurídica da secretaria.
O padre Manolo Delgadillo - que ocupava o cargo de vice-diretor do Ciago ; afirmou que a própria congregação pediu o desligamento da instituição há dois meses. Ele reclama dos atrasos salariais e de falta de repasses de verbas para atender às necessidades dos funcionários. Atualmente, o Ciago abriga 130 adolescentes que cometeram algum tipo de infração. O prédio é no Recanto das Emas.
Em entrevista ao Correio, o padre Manol, que responde pelos amigonianos, disse que a congregação sai de cabeça erguida da instituição, sabendo que cumrpiu seu dever. O religioso afirmou ainda que só espera o pagamento da verba de recisão do convênio para deixar o local.