Cidades

No DF, sucesso no combate aos focos da dengue

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postado em 01/05/2008 09:27
O Distrito Federal conseguiu a proeza de, pela primeira vez, nenhum caso de dengue ser confirmado nos dois primeiros meses do ano. As autoridades sanitárias creditam o sucesso a uma maior atuação dos agentes de saúde no combate aos focos do Aedes aegypti. Os três meses de combate intenso à febre amarela também contribuíram para o controle da dengue, pois o mosquito transmissor é o mesmo. A campanha começou no fim de dezembro de 2007, quando a imprensa noticiou o primeiro caso de infecção por febre amarela de um morador do DF, o técnico em informática Graco Carvalho Abubakir. Ele havia passado o réveillon em Pirenópolis (GO), a 149km de Brasília, uma das regiões endêmicas do país que registrou maior número de casos em 2008. Graco morreu em 8 de janeiro. Com a pressão da mídia e o temor de contrair a doença, que se alastrou em áreas urbanas, até o Exército entrou no combate ao mosquito da dengue, em 21 de janeiro, com 100 homens integrando-se à campanha, ao lado de cerca de mil agentes de saúde, o que acabou fortalecendo a luta contra a dengue. No primeiro quadrimestre deste ano, foram 51,8% menos casos da doença do que no mesmo período de 2007. Soldados e agentes visitaram cerca de 150 mil casas somente no Plano Piloto, entre janeiro e a primeira quinzena de fevereiro. Os resultados: ao contrário do que ocorre sempre no período de chuvas, todas as 91 notificações em janeiro e fevereiro 2008 não passaram de suspeitas. Em 2007, já havia 10 casos de dengue confirmados no DF só nos dois primeiros meses. Em 2006, de janeiro a março, foram 45. Trabalho na seca Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde, da Secretaria de Saúde, Joaquim Barros, as campanhas foram tão intensivas e positivas que até as áreas críticas com maior número de focos de larvas ; e onde a maioria dos casos confirmados se concentravam, em anos anteriores, como Paranoá, Gama e Varjão ; sumiram, por enquanto, do mapa dos maiores índices de infecção. O subsecretário alerta, porém, que o combate ao mosquito da dengue não deve parar. ;Assim que começar a seca, nossos agentes de saúde vão intensificar as visitas às residências. Esperamos baixar ainda mais as ocorrências de infeções no próximo ano;, comenta Barros. ;Faremos uma grande campanha para retirar lixo em áreas de invasões e cidades mais pobres;, completa. Para Barros, as autoridades goianas podem ter falhado no combate ao mosquito da dengue. ;O fundamental é agir preventivamente. Não há outro remédio;, ressalta o subsecretário. Aos moradores do DF, ele recomenda cuidados nas visitas às cidades goianas. ;O bom é evitar tais localidades. Quem for até lá deve usar calça e camisa compridas, além de repelentes;, alerta. Ouça entrevista com o subsecretário de Vigilância à Saúde do DF, Joaquim Barros, que recomenda cuidados nas visitas às cidades vizinhas, na seção

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