Cidades

Camelôs querem mais prazo para deixar as ruas

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postado em 06/05/2008 08:42
A Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) começou, ontem, a demarcar os boxes destinados aos ambulantes que ocuparão o Shopping Popular, ao lado da Rodoferroviária. Quatro equipes trabalham para delimitar o local de cada banca e numerá-las uma a uma. Depois de um dia de trabalho, os técnicos concluíram 35% do trabalho, ou seja, marcaram cerca de 600 boxes. Cada uma das 1,7 mil bancas terá quatro metros quadrados de extensão e a demarcação será concluída amanhã. Mesmo assim, o GDF deverá enfrentar resistência para retirar os ambulantes das ruas até domingo, como estabeleceu o governador José Roberto Arruda durante a inauguração do Shopping Popular. O governo prepara a relação de ambulantes contemplados com um dos boxes do local. Duas listas serão publicadas no Diário Oficial do Distrito Federal. A primeira terá 550 nomes de pessoas que estão com a documentação em dia. A segunda é composta por 1,1 mil ambulantes que não entregaram todos os documentos pedidos, como comprovante que vive em Brasília há mais de cinco anos e que não é dono de outra banca em feiras do DF. ;Buscamos agilizar a transferência dentro da legalidade. Mas não podemos autorizar a concessão do espaço com a documentação incompleta;, afirma o corregedor-geral do DF, Roberto Giffoni. [VIDEO1] O espaço onde funcionará o Shopping Popular foi inaugurado na última quinta-feira. Na ocasião, o governador estabeleceu o Dia das Mães como o prazo máximo para a permanência dos camelôs nas calçadas do Setor Comercial Sul e da Rodoviária do Plano Piloto. Mas, antes que eles comecem a trabalhar no local, o GDF precisa publicar a listagem e sortear a localização das bancas. Só depois disso, os ambulantes poderão começar a construir os boxes. Giffoni acredita que tudo só deverá estar pronto em 31 de maio. Mas a partir de domingo, Aline de Paiva Alves, que vende cosméticos há 12 anos no Setor Comercial Sul, já não vai mais para a rua: ;Temos de acreditar no governo e entrar nessa nova fase com a cara e a coragem. Vou cumprir o acordo;. Com a alegação de que os ambulantes encontram dificuldades para abrir as empresas em nome deles na Junta Comercial, o presidente da Associação do Shopping Popular de Brasília (Asshop), Caio Donato, pede mais prazo. ;O acordo era que teríamos mais 60 dias para providenciar a documentação e construir as bancas. A Junta Comercial não consegue atender 1,7 mil pedidos de abertura de empresas de uma vez;. Para Roberto Giffoni, o pedido dos camelôs é razoável. ;Tirá-los da rua sem o Shopping Popular estar funcionando, é prejuízo para eles;, pondera.

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