postado em 09/05/2008 08:22
Atualmente, o metrô transporta 140 mil usuários por dia. Ano passado, eram apenas 45 mil. Com as novas estações inauguradas, porém, os usuários reclamam da lotação dos trens. A contadora Leandra Cristina Godinho Morais, 32 anos, mora em Arniqueiras e trabalha no Venâncio 2.000. Todas as manhãs, ela pega o metrô em Águas Claras, mas tem dificuldades para conseguir entrar nos vagões. ;O metrô já vem lotado de Ceilândia, quando chega em Águas Claras é impossível de entrar. Tenho que esperar dois, três trens passarem para conseguir um espaço;, reclama.
Apesar do aumento no número de usuários, o metrô dá prejuízos anuais de R$ 100 milhões ao GDF. No entanto, qualquer aumento na tarifa dos trens está descartado, pelo menos por enquanto. E aumentar o preço das passagens seria apenas uma das formas de amenizar o déficit operacional. O presidente do Metrô-DF, José Gaspar de Souza, afirma que outras medidas são estudadas para aumentar o lucro da companhia, como explorar as estações e os próprios trens com publicidade, alugar as lojas das estações ; só na 108 Sul são 14 ;, fechar um acordo com as empresas de telefonia de celular para que o sinal dos telefones pegue nos túneis e alugar a infra-estrutura de cabos do sistema para empresas telefônicas passarem fiações.
;Quem pega metrô, gasta metade do tempo que leva o ônibus. O metrô hoje já não é mais aquele negócio que leva de zero a nada. Temos condições de procurar uma tarifa mais justa;, diz.
José Gaspar de Souza garante que a superlotação está com os dias contados. Segundo ele, três trens que estão em manutenção voltarão a circular até o fim do mês. Além disso, o governo vai comprar mais 10 trens, cada um com o custo de R$ 20 milhões, que devem entrar em operação em setembro de 2009. ;Hoje, com 20 trens na frota, o intervalo entre um e outro é de cinco minutos. Com os novos 10 veículos, o intervalo vai ser de três minutos;, analisa Gaspar.