postado em 18/05/2008 08:07
Há 30 dias, Roberto Aguiar assumia a missão de tirar a Universidade de Brasília (UnB) da sua mais grave crise institucional desde a ditadura. Em meio à ocupação de estudantes na reitoria e a uma enxurrada de denúncias de irregularidades nas fundações de apoio, foi nomeado reitor temporário.
A instituição é alvo de investigações e auditorias do Ministério Público, Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU). Aguiar mandou abrir as caixas-pretas da UnB e comprometeu-se a ser o maior colaborador nas apurações. ;Vi pessoas escondendo laptops, quando anunciei a auditoria;, contou em entrevista exclusiva ao Correio.
E revelou que já recebeu até ameaças. ;Me disseram que eu iria acordar com a boca cheia de formiga. Isso não parte de acadêmicos, parte dos negociantes que estão perdendo espaço aqui, perdendo dinheiro.;
Aguiar dispara que encontrou ;sérios problemas estruturais; na universidade, que ;a cada dia; descobre ;uma nova irregularidade;, que não havia ;transparência; na gestão anterior e diz mais: ;A intervenção judicial na Finatec está sendo ineficaz. O Judiciário precisa ser mais presente lá.; Preparar a universidade para eleger um novo reitor é uma de suas missões agora.
Porém, quer fazer mais. Aguiar defende a venda dos apartamentos luxuosos da UnB, principalmente o do reitor, a cobertura duplex, na 310 Norte, avaliada em R$ 6 milhões. ;Para que esses imóveis tão luxuosos? Poderíamos reverter em algo mais rentável para a UnB.;