Cidades

Paralisação dos ônibus atinge 77% da frota do Distrito Federal

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postado em 20/05/2008 16:02
Sem se preocupar com as milhares de pessoas que ainda sofrem com a falta de ônibus por causa da paralisação dos rodoviários, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Brasília, Wagner Canhedo Filho, dedidiu falar sobre a mobilização por meio de nota à imprensa. E, mesmo assim, preferiu se ater unicamente aos ;problemas; dos empresários que, segundo ele, estão em dificuldades pela falta de reajuste nas tarifas dos ônibus.

Enquanto isso, 77% dos ônibus ainda continuam sem circular. Funcionários das duas principais viações da Capital Federal, Planeta e Viplan, estão com as atividades paralisadas. Os empresários já efeturam o depósito do dinheiro da cesta básica, que era a principal reivindicação da categoria. Mas os rodoviários ameaçam continuar a greve caso o dia de hoje não seja abonado. Eles estão reunidos com representantes da empresas para tentar um acordo. [VIDEO1]

Na Rodoviária do Plano Piloto, nenhum passageiro consegue embarcar. A plataforma inferior está fechada e os motorista que entram são obrigados a encostar na baia e desembarcar os passageiros. Como a única alternativa é o metrô, as filas que começam na bilheteria já ultrapassam o posto de atendimento do Na Hora.

O caos se repete em Taguatinga e Ceilândia. A frota nas duas cidade mais populosas do DF, que fica a cargo do grupo Planeta (formado pelas empresas Satélite, Planeta, Cidade Brasília e Pioneira), está totalmente paralisada. Essas empresas respondem por metade dos ônibus que circulam no Paranoá, Gama e Santa Maria.

Justificativas
Na nota à imprensa, Wagner Canhedo Filho afirma que é de conhecimento da Secretaria de Transporte as dificuldades que as empresas têm enfrentado. Ele diz que que há dois anos e meio a tarifa de ônibus não é reajustada no DF. Por isso, ainda segundo o empresário, o aumento do preço do óleo diesel teria influenciado o desequilíbrio financeiro no setor. O sindicato ainda afirmou que teria enviado a pauta de reivindicações dos rodoviários há mais de 20 dias ao secretário de Transportes, Alberto Fraga.

O secretário confirmou ter recebido o documento. No entanto, descarta qualquer possibilidade de aumento nas passagens de ônibus. ;Os empresários estão acostumados a manter um lucro acima do normal, mas eles têm que entender que o governo agora é outro;, afirmou.

Fraga disse ainda que esteve reunido nesta terça-feira com o governador José Roberto Arruda para tratar do assunto. Segundo ele, o governo não irá intervir nas negociações entre os funcionários e empresários, enquanto os estudos do DFTrans sobre o setor não forem concluídos, o que deve acontecer em poucos dias. ;O Wagner reclama do investimento feito na nova frota de ônibus. Mas ônibus novos nas ruas não é uma gentileza, mas sim uma obrigação. A lei diz que de sete em sete anos a frota deve ser renovada;, argumentou.

Mais reinvidicação
O diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Lúcio Lima, explica que, além de exigirem os R$ 87 referentes à cesta básica, a categoria também quer um entendimento em relação à Data Base. ;O acordo venceu no dia 15 de abril. Queremos manter a cesta básica e um aumento de 20% nos salários;, afirmou. A categoria promete entrar em greve, novamente, no dia 2 de junho (segunda-feira).

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