postado em 26/05/2008 17:29
Os servidores da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) entraram em greve nesta segunda-feira (26/05). Contudo, a Caesb e o Sindágua, sindicato que representa os trabalhadores da Caesb, garantem que não haverá corte no fornecimento de água e nem no tratamento de esgoto em todo o Distrito Federal. Entre as exigências dos servidores estão o aumento salarial e redução da jornada de trabalho.
A diretoria da empresa se reuniu nesta tarde para negociar as exigências dos trabalhadores. As principais exigências da categoria são o aumento do salário em 13,47%, jornada de trabalho de seis horas, garantia de emprego, licença-maternidade de seis meses, melhoria do plano de saúde e mudança da escala de 12 horas de trabalho para cada 36 de descanso para 10 horas de trabalho por 38 de descanso.
Segundo a Caesb pouco mais de 400 pessoas de um total de 2,4 mil funcionários aderiram à paralisação. Já o Sindágua garante que o número de presentes foi pelo menos três vezes maior. ;Tenho uma lista de presença da assembléia geral e constam pelo menos 1,2 mil presentes;, afirma o diretor jurídico do Sindágua, Luís Carlos Tavares. ;Esse número é ainda maior quando falamos de servidores que aderiram à mobilização. Estamos com a classe unida e posso afirmar que 80% dos servidores estão paralisados;.
Tavares garante que a distribuição de água não será prejudicada. ;O serviço de abastacemento é, em sua maioria, feito por meio mecânico. Porém, o serviço de tratamento, que requer maior trabalho manual, também não será prejudicado;, acrescentou.
Espera
Desde o início da tarde, os representantes do Sindágua esperam pelo resultado da reunião da diretoria da Caesb. O sindicato garante que entregou a pauta de reivindicações em 28 de março, ou seja, há 58 dias, e até agora não teve retorno da cúpula da empresa. De acordo com a Companhia de Saneamento, os executivos procuram um equilíbrio entre o pedido pelos trabalhadores e o que é possível financeiramente.
O atendimento à população será mantido regularmente pelo telefone 115 mesmo durante a paralisação.