postado em 26/05/2008 20:08
Os servidores do Hospital Regional do Gama (HRG) realizam um plebiscito desde domingo (25/05) com o objetivo de 'derrubar' o diretor do hospital, Sebastião Pedrosa. Segundo os organizadores do ato, a maioria deles ligada ao SindSaúde-DF, o diretor tem agido de forma truculenta ao propor mudanças na grade de trabalho.
"Ele está tirando o sangue dos servidores. Mesmo antes de assumir a diretoria (em janeiro deste ano), já era visto como uma pessoa totalmente autoritária", reclama a técnica de enfermagem Hilda de Castro Madeira. Os servidores prometem levar o resultado da consulta informal, que termina às 23h desta terça-feira (27/05), ao secretário de Saúde, José Geraldo Maciel.
O diretor disse ao Correio não se incomodar com o plebiscito. "As mudanças no hospital atingem uma minoria que se beneficiava das irregularidades que encontramos quando assumimos. Entre elas a ausência do controle de ponto", argumentou.
A Secretaria de Saúde não reconhece o plebiscito como ato legal e afirma, por meio de sua assessoria, que o resultado não terá poder para destituir o diretor do cargo.
Mesmo assim, o presidente do SindSaúde-DF, Antônio Agamenon Viana, acredita na força do movimento. "Do jeito que está não dá mais para continuar", disse. Até as 19h desta segunda-feira (26/05), 700 dos cerca de 3 mil servidores do hospital e também do centro de saúde do Gama já tinham votado.
Existe uma única urna, que está localizada na entrada do hospital. Na cédula, os funcionários marcam se preferem que o diretor saia ou continue no cargo. Pedrosa diz que as pessoas estão sendo coagidas a votar por um pequeno grupo ligado ao sindicato. Os organizadores do ato negam e garantem que ninguém está sendo obrigado a votar.
Em janeiro deste ano, a Secretaria de Saúde do GDF precisou intervir no Hospital do Gama e trocar toda a direção depois de constatar uma série de irregularidades.