postado em 03/06/2008 09:43
A maioria dos participantes da enquete "Você concorda com a paralisação dos rodoviários?", que ficou no ar entre às 18h do domingo (01/06) e 9h30 desta terça-feira (03/06) no Correiobraziliense.com.br, foi contra o atitude da categoria. Mas o resultado mostra uma população dividida. Dos 2.232 votantes, 1.178 (52,7%) escolharam a opção "Não. A população nada tem a ver com os problemas dos rodoviários e, no entanto, é a que mais sofre". Já os outros 1.054 participantes (47,3%) votaram em ;Sim. Essa (a paralisação) é a única forma de pressionar os empresários a negociarem com a categoria;. Uma diferança de apenas 5,4%.
Mesmo sem acordo, os motoristas voltam a circular hoje, mas o impasse entre patrões e empregados, que ontem deixou a população de Brasília sem transporte público, ameaça uma nova suspensão do serviço ; desta vez, por tempo indeterminado -, prevista para a próxima segunda-feira (09/06) se as negociações não avançarem. Na tentativa de reabrir o diálogo, o Ministério Público do Trabalho (MPT) marcou uma reunião para às 14h30 de hoje. O procurador Valdir Pereira da Silva, do MPT, convidou para o encontro o secretário de Transportes, Alberto Fraga, e representantes dos sindicatos dos Rodoviários e das Empresas de Transporte Coletivo e Passageiros.
O presidente do sindicato dos empregados, Saul Araújo, confirmou presença na reunião. O representantes das empresas de ônibus, Wagner Canhedo Filho, também garantiu a participação no encontro, mas já adiantou ser impossível pagar o aumento de 20% pedido pela categoria.
Além do reajuste salarial de 20%, os rodoviários reivindicam a redução da carga semanal de trabalho de 40 horas para 36 horas, o fim da cobrança por assaltos sofridos (hoje descontado do salario dee motoristas e cobradores) e o fim do pagamento da produtividade: trabalhos realizados de uma a quatro horas extras por dia e recebidos fora do contracheque.
O governador José Roberto Arruda descartou reajuste na tarifa dos ônibus. ;Não tivemos aumento de passagem neste governo e vai continuar assim;, afirmou. Como contrapartida do GDF, ele ofereceu isenção do Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias (ICMS) relativo ao óleo diesel para que as empressas possam repassar aos rodoviários o valor que gastavam com o tributo. Os empresários aceitaram.
De acordo com o sindicato da categoria, para esta terça-feira está prevista a circulação normal, em todas as rotas, de todos os ônibus no Distrito Federal, com a volta dos nove mil rodoviários às suas atividades.