Cidades

Homem furta carro em faculdade e é preso pela quinta vez

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postado em 04/06/2008 14:20
Como faz todos os dias, a fonaudióloga Lívia Leal Maria Quirino, 29 anos, deixou ao meio-dia a sala de aula da Faculdade Processos, onde se prepara para concursos. Nesta quarta-feira (04/06), no entanto, ao chegar no estacionamento viu que o carro havia sumido. Preocupada com os transtornos que enfrentaria para acionar o seguro e tentar reaver o veículo, Lívia se dirigiu à 1ª Delegacia de Polícia na Asa Sul para registrar a ocorrência. Mas quando informou o número da placa, no balcão da DP, uma surpresa. O fiat Uno de cor branca, ano 2000, já havia sido recuperado e autor do furto, José Raimundo Luiz de Oliveira, 44 anos, estava preso. "Fiquei admirada porque eu achei muito rápido. A polícia foi muito eficiente", diz a vítima. Ela comemorou o fato de não ter perdido nenhum seus pertences. "Até as coisas que estavam dentro do carro não foram retiradas", informou. O final feliz para o caso de Lívia só possível graças a continuidade da Operação Saber, iniciada pela Delegacia de Repressão a Furto de Veículos (DRFV) em março deste ano, com o objetivo de coibir uma prática que já é uma constante no cotidiano da cidade: o furto de veículo nos estacionamentos de instituições de ensino superior. Para se ter uma idéia, com o episódio de hoje José Raimundo completa a quinta passagem pela polícia por furto de veículos. "Só eu já prendi ele duas vezes em flagrante", diz o delegado-chefe da DRFV, Moisés Martins. A pena para esse tipo de delito varia de uma a quatro anos. Dessa vez, o acusado pode passar um tempinho maior na cadeia, por ter utilizado uma chave falsa, o que configura crime qualificado, com três anos a oito anos de prisão. José Raimundo foi visto por uma das equipes descaracterizadas da DFRV que patrulhava as quadras 700 da Asa Sul e Norte. Os policiais o seguiram, ao chegar na BR-040, interceptaram o veículo. O acusado tentou fugir e só foi capturado perto de Santa Maria, segundo os agentes. O delegado Moisés explica a abordagem sempre é feita em um local mais tranqüilo, "porque o indivíduo pode estar armado e reagir". Segundo a polícia, o Uno de Lívia seria levado para Luziânia, cidade do Entorno. O modelo é o segundo mais roubado em Brasília, e perde apenas para o Volkswagen. "São veículos populares, de fácil comercialização e depois de feita a clonagem roda tranqüilamente", explica Martins. Para os "gatos", o delegado-chefe da DFRV manda um recado: "Os policiais estão atentos aos estacionamentos". Os crimes em portas de faculdades correspondem a 5% do total de veículos furtados na capital. A Operação Saber segue até o fim do semestre letivo.

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