Cidades

Negociações entre rodoviários e patrões não avançam. Ônibus podem parar novamente

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postado em 04/06/2008 19:55
Após quase seis horas de negociações nesta quarta-feira (04/06), patrões e rodoviários não chegaram a um acordo. Ambos não aceitaram a última proposta apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) referente ao reajuste salarial e a redução da carga de trabalho. O Sindicato Patronal reafirmou não ter condições financeiras de aceitar as reivindicações sem que haja aumento no preço das passagens dos ônibus. Por isso, motoristas e cobradores reforçam a ameaça de greve por tempo indeterminado a partir da segunda-feira (09/06). No domingo, a categoria realiza assembléia para discutir o assunto. Durante a reunião, o MPT sugeriu o reajuste salarial de 6% e a redução da carga de trabalho de 6h40 diárias para 6h. Porém, rodoviários e empresários mostraram-se descontentes. A categoria quer o aumento de 20%. No último encontro, nesta terça-feira (03/06), o MPT chegou a sugerir o reajuste salarial de 10%, que também não agradou. ;Está muito aquém das nossas expectativas, queremos os 20%;, afirmou o diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários, João Osório. Segundo Osório, dificilmente a categoria aceitará a proposta. ;Vamos realizar uma assembléia no domingo, às 10h, em frente ao Conic. Mas pelo jeito vamos parar as atividades;, diz. Caso a previsão de Osório se confirme, a greve seguirá por tempo indeterminado. Para acirrar ainda mais o impasse, o presidente do Sindicato Patronal, Wagner Canhedo, ameaçou não depositar nesta quinta-feira (05/06) o vale-alimentação dos rodoviários. ;É impossível aumentar o salário sem aumentar a nossa receita ou a carga horária dos funcionários. O governo não quer aumentar a tarifa, então vai ficar difícil;, alegou Canhedo. Essa foi a última reunião intermediada pelo MPT. Se novos encontros acontecerem, serão apenas com a participação de patrões e empregados. Falta de ônibus O Ministério Público do Trabalho informou que irá investigar quem teria descumprido a liminar do Tribunal Regional do Trabalho que determina, em caso de paralisação, 60% da frota dos ônibus nas ruas. Por um lado, os empregados afirmam que foram impedidos pelos patrões de circularem com os ônibus. E do outro, os empresários alegam que o Sindicato dos Rodoviários teria pressionado os funcionários a não trabalharem. A multa referente a paralisação desta segunda-feira é de R$ 200 mil.

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