Cidades

Sem acordo, rodoviários e patrões voltam a se reunir neste sábado

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postado em 06/06/2008 19:43

A intervenção do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e do secretário de Transportes, Alberto Fraga, não foi suficiente para que rodoviários e patrões chegassem a um acordo. Após uma segunda reunião com o governo sem avanços nesta sexta-feira (06/06), a categoria reafirmou que entrará em greve nesta segunda-feira (09/06), por tempo indeterminado. Por outro lado, Arruda garantiu que a população não sofrerá transtornos com a falta de ônibus nas ruas, como aconteceu esta semana.

Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, se depender da proposta apresentada pelo Sindicato Patronal a situação continua a mesma. ;Os empresários só nos ofereceram 10% de aumento salarial e um carga de trabalho de 7h20. Isso não é aumento real. É diminuição de salário;, afirmou. Ele ainda ameaçou: ;deste jeito, a greve está mantida;.

Para Fraga, o fato da planilha financeira dos empresários não ser a mesma do governo teria dificultado a negociação. ;Não é a maravilha que os rodoviários pensam, e nem a choradeira dos patrões. Nós temos um levantamento sobre o faturamento das empresas, mas as planilhas dos empresários divergem da nossa. Temos que passar primeiro por isso, e depois fazer a oferta final;, afirmou.


Duas novas reuniões estão agendadas para este sábado (07/06). A primeira será às 10h, com dois técnicos da Secretaria de Transportes e dois representantes técnicos das empresas de ônibus, para realizarem um levantamento das divergências das planilhas. No final da tarde, às 17h, Arruda e Fraga conversarão com o presidente Sindicato Patronal, Wagner Canhedo, como uma última tentativa de acordo, antes da greve anunciada pelos rodoviários.



Assembléia no domingo
Os rodoviários se reunirão em assembléia neste domingo (08/06), no estacionamento do Conic, para decidir a greve. O governo garantiu que, caso haja paralisação, serão colocados microônibus nas ruas para atender à população. ;Nosso objetivo é evitar a greve, mas, se houver transtorno, vamos fazer o que for possível para reduzi-lo;, garantiu.

A categoria reivindica aumento de 20% e redução de jornada de 6h40 para 6h, mas os empresários não admitem aumento dos salários sem aumento da receita ou da carga horária dos funcionários. Fraga voltou a afirmar que o aumento das tarifas de transporte público está fora de cogitação.

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