Uma parceria entre a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) e o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) dará início aos transplantes de medula óssea na capital no começo de 2009.
O tratamento marcará o uso de células-tronco de cordões umbilicais doados por gestantes no procedimento médico, o que vai garantir mais agilidade no tratamento e segurança aos pacientes. Para captar o material, a FHB inaugura o primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário do Centro-Oeste até o fim deste ano.
Para os brasilienses que enfrentam a leucemia ; tipo de câncer em células sangüíneas ;, o novo método aumenta a esperança da cura e insere a cidade no uso da ciência em prol da saúde humana.
Na prática, o uso das células-tronco hematopoéticas do cordão umbilical no transplante de medula significa que o paciente, mesmo sem um doador compatível, poderá receber o tratamento. No processo tradicional, são usadas células da medula óssea de um doador, que devem ser compatíveis com o sangue do receptor.
Já as células do cordão umbilical, devidamente tratadas, podem beneficiar receptores que não encontram doadores compatíveis, pois se transformam em células do sangue;, explica a diretora da FHB, Maria Fátima Portela. Ela acrescenta que o método evita problemas como a rejeição por incompatibilidade.
Obras aceleradas
As obras do banco na Fundação devem começar no segundo semestre. A unidade vai captar células-tronco doadas por gestantes voluntárias, que serão usadas nos transplantes (veja quadro). Do laboratório, o material seguirá para o HBDF, onde ocorrerão as cirurgias.
Segundo o secretário de Saúde, Geraldo Maciel, as obras no 10; andar do bloco de internação do hospital já estão prontas. ;Até o fim do mês, estaremos credenciados no Ministério da Saúde para realizar a operação. Serão entre 48 a 60 cirurgias por ano;, conta Maciel.
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