postado em 13/06/2008 19:29
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) ouviu quatro testemunhas do caso Isabela Tainara na tarde desta sexta-feira (12/06). Duas delas eram o pai e o irmão de Michael Davi Ezequiel dos Santos, acusado de matar e estuprar a menina. Ibraim Ezequiel dos Santos afirmou que seu filho é inocente e que, no dia do crime, Michael saiu de casa para trabalhar, voltou e ficou um pouco na rua. Ibraim também reafirmou a denúncia de que o acusado teria confessado depois de ter sofrido maus tratos na delegacia. Já o irmão do acusado, José dos Santos, contou que soube da prisão do irmão porque foi à delegacia registrar uma ocorrência. As outras duas testemunhas pediram para falar sem a presença do acusado e das pessoas que assistiam os depoimentos.
No dia 29 de maio, a Justiça negou pedido de habeas corpus para o réu. O argumento dos desembargadores foi de que o pedido seria inválido por pedir a liberdade no caso da prisão temporária. Desde o dia 9 deste mês o gari cumpre prisão preventiva.
A juíza Geilza Cavalcanti Diniz, da 6ª Vara Criminal, ouviu Mic hael no dia 21 de maio. O réu negou a participação no crime e acusou a polícia brasiliense de agredi-lo para que confessasse o assassinato. "Me acusam por ser pobre e gari. Eu não a conhecia. Recebi socos na barriga e tapas na cara. Ainda ameaçaram dar choques nas partes íntimas", afirmou Michael, diante da promotora Cândida Marcolina de Faria, da 12ª Promotoria Criminal de Brasília, e do assistente da acusação Jonas Fontenele.
O ex-gari responde a processo por extorsão mediante seqüestro seguido de morte, estupro e ocultação de cadáver. A base do processo é a apuração feita pela Coordenadoria de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida).
Está marcada para a próxima quarta-feira (18/06) uma nova oitiva com duas testemunhas, uma a pedido da defesa e a segunda do próprio Juízo.