postado em 13/06/2008 21:32
Os pais de crianças de crianças até cinco anos de idade têm um compromisso importante neste sábado (14/06): vacinar os filhos contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal contará, nesta primeira etapa da campanha nacional, com 351 postos em escolas, centros comerciais, supermercados, hospitais e centros de saúde. O atendimento será das 8h às 17h.
O secretário de Saúde, José Geraldo Maciel, fez um apelo aos pais. Ele pede que todos levem as crianças de zero a cinco anos aos postos de vacinação. "As idas e vindas das pessoas de um paÃs para outro podem facilitar a entrada do vÃrus causador da poliomielite no paÃs", alertou Maciel. O último caso de poliomielite registrado no DF ocorreu em 1987. No entanto, de acordo com o ministério, ainda há risco do vÃrus ser reintroduzido no Brasil.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), do começo do ano até o dia 3 deste mês foram confirmados 522 casos da doença no mundo. Um aumento significativo se comparado ao mesmo perÃodo de 2007, quando foram registrados 190 casos em 13 paÃses.
Imunização
O objetivo do Ministério da Saúde é atingir 95% dos menores de cinco anos, em 80% dos municÃpios. A meta é imunizar 220 mil crianças no DF, incluindo aquelas que já receberam a vacina oral anteriormente. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Joaquim Carlos da Silva, diz que é muito importante os pais levarem os filhos à vacinação. "Com apenas duas gotinhas, as crianças estarão livrando-se de doenças no sistema neuromotor", aconselha o subsecretário.
Segundo o médico e professor da Faculdade Medicina da Universidade de BrasÃlia Carlos Gropen, somente crianças com doenças agudas (como febre alta) não devem ser vacinadas. O médico explica que a paralisia infantil é uma inflamação da parte final da medúla espinhal. A seqüela mais comum é a diminuição da força e a atrofia dos membros inferiores. Alguns pacientes também podem apresentar dificuldade para respirar. "A poliomielite bulbar é a forma mais grave da doença. O paciente apresenta flacidez no corpo todo", explica o médico. Segundo ele, cerca de 2% dos casos são da forma bulbar da doença.
Ouça entrevista com o secretário de Saúde