Cidades

Operação Oleoduto prende 14 acusados de roubar combustível

;

postado em 17/06/2008 12:49

A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terça-feira (17/06), 14 pessoas suspeitas de furtar combustível do Governo do Distrito Federal (GDF). Outro acusado, Carlos Alberto do Espírito Santo, está foragido. A quadrilha foi desarticulada pela Operação Oleoduto, que teve início às 6h desta terça-feira (17/06), contou com a participação de 120 agentes. A polícia estima que eram roubados cerca de mil litros por semana, o que dá um valor estimado de R$ 120 mil por ano aos cofres do governo.
[VIDEO1]
Os presos são os motoristas de caminhão e supostos receptadores Dorivan José Meirelles, Marco antônio do Espírito Santo, Rubens Pereira Lima (conhecido como Rubão), Marcelo Alexandre do Espírito Santo, Evaldo Meirelles Roriz, Paulo Cesar do Espírito Santo, Admirson Camelo Pinto, Hugo Vitor de Lima, Adirson Camelo Pinto, Manoel Rodrigues Freire, João Batista do Espírito Santo, Adeilton Souza e Denerval Marques. .

Segundo o diretor da Divisão Especial de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Decap), delegado Marco Aurélio Vergílio de Souza, após abastecerem nos postos conveniados do GDF, os motoristas paravam o veículo simulando que estava quebrado. Eles, então, retiravam o combustível do tanque de gasolina para galões de 20 litros. A operação era feita na beira da estrada ou em locais ermos.

No início eles abasteciam nos locais de uso exclusivo do GDF. Com o fim desses postos do governo, firmou-se convênio com a rede Gasoline, que trabalha com a bandeira Texaco. Mesmo com a mudança, os motoristas continuaram com o mesmo esquema. Eles tiravam no mínimo 10 galões de óleo diesel por vez. Nos últimos tempos, segundo o delegado, os funcionários estavam tão tanqüilos com a fraude que abasteciam nos postos da Candangolândia e faziam o roubo ali mesmo nas proximidades. "Eles não se afastavam para não gastar muito combustível", explica Marco Aurélio.

O combustível roubado era vendido entre R$ 1,50 e R$ 1,80, cerca de 75% mais barato que o valor da bomba. O esquema teria ainda se ramificado para as cidades do Entorno do Distrito Federal. A polícia não identificou a participação dos proprietários das empresas. Segundo o delegado, os donos não desconfiavam porque os fraudadores faziam um esquema de rodízio entre os caminhões e os motoristas.

Investigação
Para desarticular a quadrilha, a Polícia Civil levou seis meses de investigação. O grupo foi preso em cidades do DF (Sobradinho, Candangolândia e Ceilândia) e de Goiás (Cristalina e Luziânia). Foram cumpridos 15 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão.

Até o momento, foram apreendidos dois mil litros de combustível, diversos galões de plástico destinados a armazenar o material roubado, cheques, dinheiro, armas e munições, além de sete veículos. São eles: uma caminhonete D10 (placa LWN 7180); um caminhão de pequeno porte wolksvalgem (JJZ 6716), lotado à serviço da aministração do Lago Norte; uma caminhonete ford F1000, placa de Formosa (ICD 9634); um caminhão baú modelo ford (KEX 1816); três caminhões mercedes bens (JJD 3627 e JJD 3365) e um com placa de Cristalina (KCH 6609), flagrado cheio de galões com derivados de petróleo. Todos eles estão estacionados ao lado da Divisão Especial de Combate ao Crime Organizado (Deco).

Como as diligências continuam e até o final do dia, a previsão é que esse número deve aumentar. Os envolvidos vão responder por crime de furto qualificado, receptação e formação de quadrilha. Se condenados, eles podem pegar até 19 anos de prisão.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação