Jornal Correio Braziliense

Cidades

Policial do Bope é acusado de matar a mulher

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O policial Marivaldo Amaldo da Silva, 29 anos, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), foi preso na noite desta segunda-feira, acusado pela morte da estudante Mariana Correa Silva Alves Bragança, 25 anos, no dia 12 de junho de 2005. Marivaldo confessou que a morte teria acontecido por acidente e confirmou levou o corpo da jovem para uma área rural do vilarejo de Edilândia, município de Cocalzinho (GO) e ateou fogo junto com pneus. Segundo o delegado Luiz Julião Ribeiro, da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida/PCDF), Mariana, que era casada com o militar há 12 anos, mas mantinha um relacionamento extraconjugal com um professor da universidade onde cursava pedagogia. O marido sabia da relação e tolerava. No dia da sua morte, ela teria tentado terminar o casamento. De acordo com a declaração do militar, houve uma briga e a jovem caiu, batendo a cabeça em uma quina, depois de levar um tapa. Assustado com as conseqüências do ato, decidiu se livrar do corpo. Ele colocou a mulher no banco do passageiro e a levou para Cocalzinho. Teve o cuidado de rebaixar o banco para dar a impressão de que ela estava dormindo. Marivaldo voltou para casa e não se manifestou. Dias depois, o amante registrou uma queixa do desaparecimento da jovem. Para a polícia, o marido sempre foi o principal suspeito do crime. De acordo com o delegado Julião, o trabalho de investigação partiu de uma ameaça feita pelo policial à sua mulher e presenciada pela madrasta da jovem. Ele teria dito que se ela decidisse terminar o casamento, a mataria ateando fogo com pneus. Os policiais decidiram investigar casos de corpos carbonizados na região do Entorno. A polícia goiana garantiu que há três anos não ocorria um fato semelhante. Somente neste ano, um policial recordou-se de um homem que tinha sido enterrado como indigente, em virtude da falta de identificação, e que tinha sido carbonizado. Foi solicitada a exumação do cadáver no dia 12 de junho deste ano, quando ficou confimado que o corpo era de Mariana Correa. Marivaldo está preso temporariamente por 30 dias em um quartel do Distrito Federal e responderá a processo por homicídio qualificado e ocultação de cadáver . Leia mais sobre o crime na edição impressa desta quarta-feira (18/06) do Correio Braziliense

 

Ouça o depoimento do delegado