postado em 17/06/2008 20:19
Nesta quarta-feira uma grande festa celebrará a abertura do novo complexo aquático do Centro de Ensino Especial 2(CEE 2), que atende exclusivamente a portadores de deficiências físicas e mentais. Em uma piscina de 100m² e com capacidade para 130 mil litros de água, os 300 alunos da unidade terão aulas de educação física. A inauguração será marcada com um café da manhã para pais, alunos e professores e apresentações de música e dança. Também é esperada a presença do governador José Roberto Arruda e do vice, Paulo Octávio.
Em 1997, o CEE 2 oferecia três piscinas de 6x2 m². No entanto, neste mesmo ano, uma delas foi desativada. Em 2003, as outras duas foram interditadas após uma vistoria da Vigilância Sanitária. Desde então, as aulas de educação física e as brincadeiras aquáticas foram extintas. Saudoso daquela época, o adolescente Francisco José, o Chiquinho, 15 anos, aluno do Centro há oito, confessa que não vê a hora de pular na "nova e grande piscina". Medo de água fria? "Eu gosto é de água fria", ele diz. Ao saber que a piscina é aquecida, ele devolve com o sorriso maroto: "Que bom, eu gosto mais de água quente". Para Juliana, 10, hoje é dia de festa e de piscina. Nada mais importa. "Vou dançar a dança do marinheiro e nadar todos os dias", diz.
Um dos 120 educandos do CEE 2, a professora de educação física Marli de Jesus Silva, conta que os exercícios na água são ideais para os alunos da escola. Ela explica que a água promove o relaxamento muscular e facilita os movimentos de quem sofreu paralisia cerebral ou acidente e deixou de andar, por exemplo. "Na piscina, essas crianças fazem o que não conseguem fazer em cima de uma cadeira de rodas. Fora que a água acalma, o que é maravilhoso para os autistas", diz a professora.
Em janeiro desse ano, o diretor do Centro de Ensino, Evângelo Franco, procurou voluntários para ajudar na reconstrução das piscinas e encontrou muito mais. A União Química Farmacêutica Nacional escolheu o CEE 2 para formar a primeira parceria no Distrito Federal e investiu R$ 300 mil na construção de um novo bloco de atividades, totalmente projetado para atender deficientes físicos. "Para os portadores de necessidades especiais, essas atividades significam o aumento da auto-estima e da força muscular, além da minimização de deficiências", diz Franco. Coberto, o complexo abriga, ainda, vestiários femininos e masculinos, duchas e rampas para a locomoção de cadeirantes. Além da piscina, a empresa colocou grama, fez a jardinagem e pintou os três blocos da escola.