postado em 18/06/2008 18:30
Duas testemunhas encerram na tarde desta quarta-feira (18/06) a fase de depoimentos do julgamento do ex-gari Michael Davi Ezequiel dos Santos, 21 anos. Ele responde a processo por extorsão mediante seqüestro, seguido de morte, estupro e ocultação do cadáver de Isabela Tainara Faria, 14. O primeiro deles, arrolado pelos defensores do acusado, foi dado pelo dono de um churrasquinho da quadra onde morava Michael, em Samambaia. Ele disse que o ex-gari freqüentava o quiosque pelo menos três vezes por semana, depois de chegar do serviço. A informação mais esperada pela defesa, no entanto, acabou não confirmada em juízo. O comerciante não lembrou se o réu esteve no local em 14 de maio do ano passado, quando houve o seqüestro e morte da menina.
A segunda e última testemunha do dia, desta vez de acusação, também se mostrou inconsistente. A estudante detalhou para a juíza Geílza um diálogo ouvido em uma parada de ônibus de Samambaia, onde duas meninas ; elas prestaram depoimento no início do julgamento ; conversaram sobre Michael. Segundo a garota, uma delas disse que tinha achado o ex-gari estranho e desconfiava do envolvimento dele na morte de Isabela Tainara. O depoimento, porém, deixou clara a suposição de uma das jovens, feita meses após o crime.
O julgamenro será definido até o fim do mês. Com a conclusão da fase de interrogatórios das testemunhas do caso, defesa e acusação têm uma semana para pedirem possíveis diligências e apresentarem as alegações finais. A juíza Geilza Fátima Cavalcanti Diniz, da 6ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), definirá a sentença logo em seguida. Os defensores do réu disseram que entrarão com pedido de habeas corpus do cliente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) até sexta-feira.