Cidades

Policiais Civis de Goiás só decidirão sobre fim da greve na segunda-feira

;

postado em 20/06/2008 20:50
Está marcada para a próxima segunda-feira (23/06) uma nova assembléia dos policiais civis do estado de Goiás, que discutirão a greve da categoria. Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Silveira Alves, a reunião decidirá sobre a continuação ou não da greve continua, já que o governo do estado não fez proposta alguma para ser discutida pelos policiais. ;Eles disseram que existe uma possibilidade de reajuste e de atender as reivindicações a partir de 2009, mas sem propostas concretas;, explicou Silveira, assegurando que a greve paralisou os trabalhos de todos os 3.402 agentes do estado, incluindo os aproximadamente 300 policiais que atendem as 19 delegacias do Entorno. O número não é confirmado pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), que informou que a adesão dos policiais é pequena e que a greve está concentrada na região das cidades em volta do Distrito Federal. De acordo com o Sinpol-GO, os únicos serviços realizados pelas delegacias são as ocorrências de crimes hediondos e os flagrantes feitos pela Policia Militar. O chefe da comunicação do Sinpol-GO, Alisson Sardinha, afirma que as investigações, serviços de cartório e outras ocorrências estão suspensas. Além de melhorias das condições de trabalho, entre as principais reivindicações dos policiais estão a reposição inflacionária referente aos anos de 2006 e 2007 e à data-base da categoria, em maio deste ano; adicional de risco de vida, que não é pago há três anos; plano de carreira; aprovação de classe especial para agentes e escrivães e realização de concurso público para 2.850 vagas. Denúncia A diretoria do Sinpol-GO denunciou que a falta de estrutura em segurança no estado de Goiás é tão grave que funerárias de cidades do Entorno estão fazendo o serviço do Instituto Médico Legal (IML). Segundo Sardinha, o corpo de um homem assassinado em Planaltina (GO) foi disputado por duas funerárias e causou confusão. Como o IML de Formosa estava sem perito e sem carro para levar o corpo, uma das funerárias retirou o cadáver e quis cobrar da família pelo serviço. A família da vítima não aceitou o serviço e a funerária ameaçou devolver o corpo ao local onde foi encontrado. Esse tipo de problema na região é freqüente. Planaltina (GO) é atendida pelo IML de Formosa, mas a criminalística da cidade só tem um médico legista, que atende durante sete dias no mês. Nos outros dias, todos os casos de assassinatos são levados sem perícia para o IML. ;O que acontece é uma irregularidade. A gente sabe disso, mas sem pessoal não é possível fazer diferente. O governo já autorizou um concurso para preencher 84 vagas de peritos;, informou o presidente da Associação dos Peritos em Criminalística de Goiás, Carlos Kleber da Silva Garcia. A mesma irregularidade ocorre em outras cidades do Entorno. Luziânia e Formosa têm 9 peritos, mas segundo Garcia, seria necessário pelo menos 20. A SSP-GO informou que sabe dos problemas e que a solução só virá com o concurso público. O processo seletivo não tem data definida, mas segundo a assessoria de comunicação da secretaria o edital já está em fase de conclusão.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação