postado em 21/06/2008 12:50
A Estação do Metrô em Águas Claras recebeu nesta sexta-feira (20/06) uma unidade do programa Mala do Livro da Secretaria de Cultura. A inauguração do sétimo ponto da biblioteca trará a temática "meio ambiente" em suas publicações. Segundo a coordenadora do programa, Maria José Lira, o avanço do número de usuários e de pontos de empréstimo superaram as expectativas. "Vemos levando cultura para as pessoas e esperamos que o projeto continue a crescer. É gratificante ver as pessoas devolvendo os livros que pegaram emprestado", declara.
Nas estações onde o projeto é realizado, os usuários do Metrô utilizam pequenas bibliotecas que oferecem o empréstimo gratuito de livros de variadas áreas do conhecimento. O projeto, que conta com o apoio do Instituto Sabin e do Metrô/DF, oferece cerca de 6 mil livros à população. "Esse número não para de crescer. Nós recebemos muitas doações de livros, cerca de 3,6 mil em um mês", afirma a coordenadora.
História
A primeira unidade do projeto foi inaugurada na Estação Central, que fica na Rodoviária, no dia 5 de março deste ano. O projeto já mostra o seu sucesso nas contas da coordenadora: "Emprestamos mais de 5 mil livros no mês de maio", acrescenta. As outras estações que tem o projeto são as três de Ceilândia, sendo uma delas dedicada aos cordéis, uma na 108 Sul intitulada "Escritores de Brasília" e uma na Praça do Relógio em Taguatinga. Todos os pontos oferecem títulos em braille.
A Mala do Livro é uma caixa-estante de madeira que acomoda as obras. Para poder pegar os livros basta preencher uma ficha de cadastro. A devolução deve ser feita no local, sem prazo estipulado, ou em qualquer uma das 43 unidades do Laboratório Sabin.
A Mala do Livro
O programa nas estações do Metrô foi inspirado em outra iniciativa de uma bibliotecária em 1990. Neuza Dourado começou a deixar sacolas de livros com algumas donas de casa de Samambaia que assumiam a responsabilidade pelo controle do empréstimo e da devolução destes livros. Assim, as pessoas daquelas localidades, apesar de morarem distante das bibliotecas públicas, tinham acesso à leitura.
A idéia ganhou força e em 1996, o decreto 17.927 instituiu oficialmente o programa de extensão bibliotecária denominado Mala do Livro ; Biblioteca Domiciliar Neusa Dourado, sob responsabilidade da Secretaria de Cultura.
Em 1999, o projeto ganhou duas premiações: Prêmio da Fundação Getúlio Vargas de incentivo à leitura e conquistou o terceiro lugar no concurso do Programa Nacional de Incentivo à Leitura ; Proler, trabalho vinculado à Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura. O programa também está cadastrado no Plano Nacional do Livro e Leitura ; PNLL.
A mala do livro fica aberta de segunda a sexta-feira, das 6 às 23h30; sábados, domingos e feriados, das 7h às 19h.