postado em 25/06/2008 14:27
Em greve, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza nesta quarta-feira (25/06) uma operação de fiscalização aos ônibus do transporte público. Na blitz, montada na BR-040, km 01, 38 veículos coletivos foram detidos por irregularidades durante a manhã. A partir das 17h, a PRF promete continuar com a ação e prevê grande congestionamento no sentido Brasília-Valparaíso.
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Na maioria dos casos, o problema foi o tacógrafo - aparelho que registra o nome do motorista, a data, a placa e a velocidade do veículo -, mas pneus carecas e problemas com a iluminação também causaram a detenção dos ônibus. Os ônibus com problemas no tacógrafo são liberados quando as empresas levam aparelhos novos. Elas recebem uma notificação de R$ 127.
O passageiro de um dos ônibus foi preso durante a operação. O coletivo onde estava foi apreendido e o homem, revoltado por não poder seguir viagem, amassou a lataria do veículo com um chute. Ele foi encaminhado à 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).
Greve
A PRF decidiu cruzar os braços no dia 30 de maio. Os policiais que realizam a operação com os ônibus fazem parte dos 30% que continuam trabalhando, o que é exigido por lei (os agentes se revezam para cumprir a exigência).
Segundo o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Distrito Federal, o motivo da greve é o não cumprimento por parte do governo de um acordo feito no dia 25 de março. O poder público teria se comprometido a exigir nível superior nos concursos para a PRF e a antecipar o reajuste da categoria para julho. Entretanto, na medida provisória aprovada pelo governo, a exigência se manteve no nível médio e o reajuste ficou para novembro.
Enquanto parte do efetivo fiscaliza a rodovia BR-040, cerca de 15 policiais rodoviários federais estão nesta quarta-feira na Esplanada dos Ministérios com faixas e camisetas. Nesta quinta (26/06) a manifestação continua com o mesmo número de agentes e, na semana que vem, de segunda a quinta-feira (30/06 a 03/07) a promessa é de um número maior de policiais no local.
"Resolvemos itensificar nossas ações. Os 30% que trabalham vão se esforçar ainda mais para compensar a ausência dos que estão parados. O restante vai protestar e chamar a atenção para nossa causa", diz o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do DF, José Nivaldo Rodrigues.